A Terra de
hoje reúne povos de vanguarda na esfera da inteligência.
A energia
elétrica assegura a circulação da força necessária à manutenção do trabalho e do
conforto doméstico.
A ciência
garante a higiene.
O automóvel
propicia ganho de tempo e encurtamento de distâncias.
A Imprensa, a
Internet, o Radio e a Televisão interligam milhares de criaturas, num só
instante, na mesma faixa de pensamento.
A escola
abrilhanta o cérebro.
A técnica
orienta a indústria.
Os institutos
sociais patrocinam os assuntos de previdência e segurança.
O comércio
consegue atender o consumo com eficiência.
Entretanto,
será impecável nossa civilização?
Caminhamos
para a plenitude da realização do ser humano?
A resposta
não dispensa uma análise das palavras do cristo, roteiro seguro da humanidade em
marcha para o pai.
Interrogado
pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: “O
reino de Deus não vem com aparências exteriores.”
A assertiva
do amigo divino evidencia que o real nível evolutivo da coletividade não se mede
por conquistas materiais.
A cultura
pode resplandecer em fulgores e o progresso material atingir as maiores
culminâncias, mas os homens podem permanecer infelizes e doentes.
Allan Kardec,
em O Livro dos Espíritos, indaga a seus Orientadores espirituais quais os
indícios pelos quais se pode reconhecer uma civilização completa.
Os Espíritos
afirmam que a pedra de toque de uma civilização avançada é o desenvolvimento
moral.
Assentam que
o homem se equivoca ao se dizer evoluído só porque obtém invenções engenhosas e
se veste melhor do que os selvagens.
A humanidade
apenas será de fato civilizada quando houver banido os vícios que a infelicitam,
e os seus integrantes viverem como irmãos, praticando a caridade.
Uma análise
detida da realidade atual revela o quanto nossa sociedade se encontra longe
dessa descrição.
A produção de
alimentos cresce sem cessar, mas há milhões de famintos.
As
comodidades domésticas transformam a vida das famílias, mas seus membros se
distanciam afetivamente e pouco se falam.
Reclama-se em
altos brados da desonestidade e do descaso dos governantes, no entanto raros
cidadãos cumprem rigorosamente os seus deveres.
Ao invés de
se cultivar a educação moral e o perdão, dissemina-se a cultura da indenização
por dano moral.
Não se busca
compreender os equívocos do próximo, mas lucrar com eles, o mais possível.
Tem-se uma
sociedade com valores desvirtuados, o ter sendo muito mais importante do que o
ser.
Em um mundo
de cintilante progresso material, a paz escasseia e avulta o número de doentes
do corpo e da alma.
Contudo,
acima e além de tudo isso, pairam soberanos os exemplos e as palavras do cristo.
O reino de
Deus não vem até nós com aparências exteriores.
Ele deve ser
edificado em nosso interior, por meio do cultivo da pureza, humildade,
honestidade e generosidade, a se refletirem em nosso relacionamento com o
próximo.
Antes de
buscar a conquista do mundo, domemos nossos vícios e exercitemos as virtudes
cristãs.
As palavras e
os exemplos do Mestre de Nazaré são luz em nossas mãos, fornecendo roteiro
seguro para o resgate de nós mesmos do desequilíbrio e da ignorância.
Busquemos
primeiro as coisas de Deus, que todas as outras nos serão acrescentadas.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no capítulo XIV do livro Segue-me!..., do Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier.