Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone O egoísmo nosso de cada dia
 

Diariamente, há inúmeras demonstrações de egoísmo partindo de nós ou à nossa volta.

É o motorista que para o carro em fila dupla, só por um minutinho.

O torcedor que, para festejar a vitória do seu time esportivo, sai com seu carro buzinando pelas ruas, independente da hora e do local.

É o religioso que, a pretexto de atender os seus fiéis, transmite seu ato litúrgico através de autofalantes.

O passageiro que entra no transporte coletivo e corre para pegar o lugar vazio, sem olhar se tem algum idoso, alguma senhora grávida, ou uma mãe com criança, que precisaria trafegar melhor acomodado.

São as comemorações com fogos de artifício, sem se cogitar de enfermos nos hospitais, crianças dormindo nas casas.

É aquele que procura furar a fila, tentando um jeitinho, desconsiderando os que chegaram antes dele.

São os pais que se portam com intolerância e irritação, quando o filho pequenino não se porta adequadamente no restaurante, exigindo-lhe atenção e ocasionando demora à sua refeição.

Dificultar a circulação de veículos, por não dar a vez ao motorista que está saindo da garagem, de estacionamento ou tentando entrar numa via preferencial.

Com o pretexto de estar com pressa, tratar os familiares com grosseria e estupidez.

Prender a porta do elevador enquanto conclui a conversa ou se despede demoradamente.

Estacionar o seu veículo, sem observar se está ocupando mais de uma vaga, ou se não vai trancar ou dificultar a movimentação dos demais veículos.

Infelizmente, há muitos exemplos a serem dados de egoísmo explícito.

O egoísmo é um dos grandes males da Humanidade, também por ser fonte geratriz de orgulho, de prepotência, de ingratidão, de desordem, de rebeldia, de violência, de sovinice, de indiferença.

A primeira providência para combater esse mal em nós é examinar-nos com atenção e intenção, identificando as atitudes egoístas de cada dia, desde as mais pequeninas até às mais relevantes.

Depois, começar a dobrar essa personalidade equivocada, impondo-se medidas corretivas, intencionalmente corretivas.

Eis algumas dicas bem singelas:

em casa, não se apressar ou atropelar tudo e todos, para ter tempo de assistir a telenovela ou ao telejornal;

não deixar as crianças com fome, esperando que você termine de assistir a esse ou aquele programa na televisão, ou que você conclua a longa conversa ao telefone;

se o seu filho lhe pedir para brincarem juntos, deixe a leitura do jornal ou da revista para depois, e vá diverti-lo, com toda a atenção e boa vontade;

se estiver cuidando do seu filho, busque atividades que digam respeito à idade e à vontade dele, e não insistir para que ele faça o que você quer. Não fique ao lado dele, somente, enquanto ele brinca. Brinque com ele, role no chão, viva o mundo dele;

sentado à mesa para a refeição, procure servir aos demais, em primeiro lugar, com paciência e zelo;

quando for tomar banho, faça-o adequadamente, mas com rapidez. Tem gente na fila;

ao terminar seu banho, deixe o banheiro em condições de uso para os outros, para que esses não tenham que fazer uma faxina antes de usar;

ao invés de ficar pedindo pelas coisas em casa, antecipe-se e providencie o que você quer, por conta própria;

ajude na arrumação da casa, cuidando para não bagunçá-la;

ao se levantar pela manhã, faça-o sem pressa, arrume sua cama, ajude no atendimento dos menores, providencie o café da manhã, trate a todos com cortesia e simpatia;

ao sair de casa, seja cortês no trânsito, no transporte coletivo, nas ruas, nos elevadores, para com os atendentes, para com os colegas de trabalho.

O egoísmo deve ser sobreposto pelo altruísmo. No egoísmo você é o único e o primeiro. No altruísmo, o próximo existe e merece toda a sua dedicação.

Amar ao próximo como a si mesmo, já ensinou Jesus há mais de dois mil anos.

Está mais do que na hora de modificar o egoísmo nosso de cada dia, para o altruísmo nosso de todos os dias.

Pense nisso!

Redação do Momento Espírita.
Em 07.06.2010.

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