Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Amor que renasce

Cília e George tiveram seu amor abençoado com duas meninas.

Com dedicação, a Imobiliária, a que deram início, prosperou e cresceu.

Tudo ia bem com a ajuda e o amor um do outro. Em certo ponto do caminho, no entanto, eles começaram a discutir sobre questões profissionais.

Depois, foram os desentendimentos na condução do lar e como educar as meninas.

Por fim, depois de quinze anos de casamento, se divorciaram. Mas as discussões continuaram. No trabalho e sobre a educação das filhas.

Em uma madrugada, George foi chamado, pela polícia local. Suas filhas haviam sido presas. Menores, estavam embriagadas e a mais velha portava pequena quantidade de heroína.

Nesse dia, o casal entendeu que o ônus emocional do seu desentendimento era demasiado para as adolescentes.

Pelo bem delas, resolveram participar de um seminário de fim de semana, sobre paternidade positiva.

Partiram juntos, de carro, rumo às montanhas. O trânsito estava ruim e ele decidiu ir por uma via secundária.

Foram surpreendidos por uma tempestade de neve. Procurando um lugar seguro para encostar o carro, George não viu a queda de trezentos metros.

O veículo teve o parabrisa e a janela do motorista estilhaçados. Eles estavam a sessenta e cinco quilômetros da estrada principal e o carro estava enchendo de neve.

Colocaram as bagagens na janela dianteira, para desviar a neve e o vento. O motor, que lhes poderia gerar calor, recusou-se a funcionar.

No banco de trás, se aconchegaram. Não podiam dormir, pois estavam sem cobertores e, com o frio, poderiam congelar e morrer.

Precisavam sobreviver até o amanhecer, para andar até a estrada principal, em busca de ajuda.

O aconchego, o revezamento de esfregar um ao outro para aumentar a circulação e permanecerem alertas, foi lhes avivando a memória de tempos vividos.

Para não cair no sono, cantaram todas as canções que lembraram. Quando se esgotou o repertório, Cília lembrou de recitar os votos do dia do casamento.

A este nobre homem prometo tudo o que sou e sempre serei. Eu o amarei para sempre. Cuidarei de você, mesmo quando todos lhe virarem as costas.

George sentiu a torrente de amor e calor do dia em que se casara com ela.

Então, recitou os seus votos: Eu a amo e prometo amá-la com toda a minha força. Eu lhe darei tudo o que é meu e tudo será nosso.

Lutarei para ser seu homem e seu defensor, seu amigo, durante o tempo que o sangue fluir em minhas veias. Sem você eu fico sem finalidade neste mundo.

As palavras acenderam fogueiras em suas almas.

Quando amanheceu, a neve cessou, de mãos dadas foram em busca de auxílio, com a certeza de que estavam nesta vida, para ficarem juntos.

*   *   *

Se algo não vai bem na relação matrimonial, dê-se um tempo para pensar. Recorde porque se uniu ao outro.

Mesmo sem tempestade de neve, ou perigo de congelamento, convide-o a rememorar os votos do dia do casamento.

E redescubram, juntos, o valor da união matrimonial. Deem-se uma nova chance, reacendendo a chama do amor que um dia os fez desejarem estar, para sempre, juntos.

Redação do Momento Espírita, com base no cap.
 
Corações congelados de amor, do livro
 
Triunfos do coração, de Chris Benguhe,
ed. Butterfly.
Em 27.12.2022.

 

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