Momento Espírita
Curitiba, 26 de Novembro de 2024
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ícone O destino das nações

É, em grande parte, no seio das famílias que se prepara o destino das nações.

Esta afirmativa é do papa Leão XIII e tem um sentido muito profundo.

Ao dizer que o destino das nações é preparado no seio das famílias, por certo o papa quis se referir aos valores que são praticados dentro dos lares.

Sim, porque aqueles que hoje governam os países e conduzem o destino dos seus cidadãos, já foram crianças e conviveram no seio familiar.

Em tese, nas suas decisões sempre terão grande peso as diretrizes pelas quais foram conduzidos ao longo da infância e juventude.

Quem contestar esta tese estará negando, por isso mesmo, a eficácia da educação.

Henri Lacordaire, o ilustre vigário da Catedral de Notre-Dame de Paris, disse: A sociedade não é mais do que o desenvolvimento da família: se o homem sai da família corrupto, corrupto estará para a sociedade.

Os valores morais vividos na família, principalmente pelos pais, são decisivos na formação do homem de bem de qualquer país.

É assim que o destino das nações é resolvido no seio das famílias, pois é o lar que forma o cidadão.

É o lar que forma ou deforma o profissional de todas as áreas.                               

É a família que traça o caminho que seus membros devem percorrer.

É por essa razão que o cultivo das virtudes dentro dos lares é essencial para melhorar essa célula básica da sociedade chamada família.

Nas resoluções tomadas, no dia-a-dia de qualquer pessoa, pesarão as lições aplicadas na formação dos seus caracteres desde a infância.

Se as lições foram de corrupção, de desrespeito à vida, de supremacia da força bruta, de egoísmo e de preconceitos variados, essas serão as diretrizes que irão nortear seus atos.

Se as lições foram de honestidade, respeito pelo semelhante, fraternidade, valorização da vida no seu mais amplo sentido, essas virtudes vão basear suas decisões.

É assim que a construção de um mundo melhor depende das lições que estão sendo passadas hoje no seio das famílias.

Não se constrói um edifício começando pela cobertura mas pelas bases, pelos alicerces. E a base de qualquer sociedade, são os lares.

Se nas bases forem fincados os pilares sólidos das virtudes, todo o edifício terá segurança e nobreza.

Mas, se as bases estiverem apodrecidas pela corrupção dos costumes, então o edifício estará gravemente comprometido e tende a desabar.

É necessário e urgente que as famílias pensem nisso com carinho pois o edifício social depende de cada um de nós.

Se não desejamos guerras, corrupção, violência, precisamos agir hoje, fundamentando os alicerces dos lares com os pilares da paz, da honestidade, do respeito à vida.

Esse é o único caminho, não há outro. Não haverá um país moralizado sem cidadãos moralizados. Não haverá uma nação pacificada sem a pacificação dos seus habitantes.

*   *   *

A moral, como ensinou Jesus, o Sábio de todos os tempos, é a regra de bem proceder.

Por isso, existem alguns valores que não podem ser esquecidos nem negligenciados, no contexto educacional: a justiça, o amor e a caridade.

Estas são as virtudes básicas para uma sociedade mais feliz. Jesus as viveu e ensinou como o resumo de todas as Leis, da seguinte forma: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Um ensinamento simples e eficaz. Basta fazer. Eis o grande desafio para quem deseja construir uma família pacificada, uma cidade justa, uma nação de bem, um planeta melhor.

Pense nisso, mas pense agora!

Redação do Momento Espírita, com frases do
 Papa Leão XIII e de Henri Lacordaire, do livro
A sabedoria dos tempos, ed. Centro de estudos
 Vida e Consciência.
Em 31.01.2010.

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