Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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O progresso marcha sempre, às vezes lento, às vezes acelerado, mas ninguém o pode deter.

É um processo natural da vida, que evolui sem nunca parar.

O mesmo ocorre com a verdade. Não pode ser impedida de se mostrar.

Quanto mais lúcida a civilização, mais claro se apresenta o conhecimento da verdade.

Expande-se e, mesmo quando sombreada pelos cúmulos dos preconceitos e dos comportamentos arbitrários, rompe o aparente impedimento e brilha com esplendor.

A verdade é única, embora, na maioria das circunstâncias, sejam conhecidas apenas algumas das suas faces.

As palavras, não poucas vezes alteram-na, confundindo quem a busca, causando dificuldades e problemas em sua compreensão.

Dela se utilizam todos os indivíduos, conforme a estrutura mental e o interesse moral de cada um.

Matam em seu nome.

Perseguem sob a sua bandeira.

Deturpam-na, valendo-se de interpretações tendenciosas e preconceituosas.

Todas as pessoas pretendem possuí-la e quando pensam serem capazes de detê-la, ou retê-la, eis que ela escapa e expande-se.

Buscam asfixiá-la em um lugar e ela ressurge em outro.

Imbatível, termina por impregnar as mentes e acolher-se nos corações.

A verdade é transparente como a luz do amanhecer; é vida que nutre e pão que alimenta.

Por isso é impossível o seu silêncio.

Os homens, desde as mais remotas épocas temem-na, e por essa razão não costumam aceitá-la desnuda.

Iludidos, preferem recebê-la quando adornada de fantasias, de fábulas, ou de símbolos.

Muitos ainda preferem ignorar a verdade, porque aceitá-la é se ver na encruzilhada da decisão.

Não mais se pode ser como antes, é necessário superar-se, aprimorar-se.

Adiar a verdade significa prosseguir na ignorância, e continuar sofrendo.

Jesus afirmou que a verdade liberta.

Liberta porque rompe algemas e dignifica, impondo, por consequência, responsabilidade e dever.

Pedro e João conviveram com o Mestre Nazareno e dEle receberam o exemplo da verdade, expressa nas palavras e na conduta irrepreensível.

Embora Pedro, vítima de sua própria fragilidade, tenha negado o Cristo, mais tarde, sustentado pela verdade, reergueu-se e tornou-se Seu embaixador.

João, por sua vez, sempre viveu a verdade de forma plena.

Após a partida do Mestre, João e Pedro, porta-vozes da Boa Nova, foram presos porque faziam o bem em Seu nome.

Era mais uma tentativa dos poderosos de intimidar e sufocar a verdade.

Mas para eles, Pedro e João, não mais importava perder o corpo.

Eles já tinham consciência de que com a verdade ganhavam a vida.

E assim, não obstante todas as perseguições e ameaças que sofreram, a partir daquele momento, mantiveram-se firmes, fiéis à verdade e ao exemplo de Jesus.

*   *   *

  A verdade expressada pelo Cristo, por meio de sua mensagem e pelo Seu exemplo de amor incondicional, persiste incorruptível apesar do tempo.

A verdade não se altera com a direção dos ventos ou com os interesses humanos.

Ela resiste a tudo porque procede de Deus e a Ele conduz.

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Silêncio impossível,
do livro Dias venturosos, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de
Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

Em 26.11.2012.

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