Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Desculpas frequentes
 

Quem já desenvolveu algum tipo de trabalho voluntário sabe o quanto é difícil conseguir que os companheiros   persistam na tarefa e não a abandonem.

Existem as desculpas mais frequentes para se desistir de qualquer empreitada.

Poderíamos relacionar as cinco mais comuns:

Primeira:

Não tenho tempo.

Essa é uma das frases mais ouvidas nos dias atuais.

As pessoas correm de um lado para o outro, todos os dias.

Dividem seu tempo entre o trabalho, o estudo, o lazer e mais uma infinidade de atividades.

Porém, há coisas que não valem a pena.

Muitas vezes desperdiçamos minutos valiosos em atividades ou em programas que se revelam, mais tarde, lamentáveis equívocos.

Então, na verdade, o que sofremos não é a falta de tempo, mas sim a dificuldade de priorizar tarefas e de utilizar de modo razoável e útil as horas de que dispomos.

Segunda:

Não sei fazer.

Há pessoas que não sabem realizar determinadas tarefas e não têm o menor interesse em aprendê-las.

Há quem diga: Não sei e tenho raiva de quem sabe.

Em outras palavras, não querem a responsabilidade de saber para se esconder na ignorância e na incapacidade voluntária de realizar qualquer atividade diferente.

Trata-se de uma omissão deliberada, negando-se a buscar um objetivo nobre.

Na visão evangélica, são pessoas que enterram seus talentos e que nada produzem de bom.

Terceira:

Não tenho saúde.

Pequenas indisposições costumam servir de desculpas para o afastamento das mais singelas atividades.

Porém, não são suficientemente graves para impedir que a mesma pessoa deixe de buscar prazeres e lazeres dos mais variados, na mesma ocasião.

Ou seja: só não se está bem o suficiente para trabalhar porque não há motivos reais para recusar as ofertas fúteis e vazias do mundo.

Quarta:

Tenho medo.

Nessa situação, a frase mais comum é: Quem sou eu para fazer isso?

Mais do que falsa modéstia, a pessoa que costuma valer-se de tal argumento, na verdade, quer eximir-se de novas atribuições.

É muito cômodo alegar o receio de errar.

Ora, não podemos esquecer que só erra quem faz.

Aquele que nada realiza equivoca-se apenas por omitir-se, por deixar de realizar.

No entanto, é melhor correr o risco de errar, produzindo algo de bom, do que simplesmente lavar as mãos e não errar nunca, mas também nada fazer.

Quinta:

Outra pessoa vai fazer isso.

Muitos cruzam os braços na certeza de que a tarefa será levada a cabo por outras pessoas.

Na verdade, boa parte das tarefas efetivamente poderá ser realizada sem o auxílio, sem a participação daqueles.

No entanto, sendo cada pessoa única, o resultado que se obtém em cada obra pode ser diferente.

Além disso, na maioria das vezes, a tarefa não precisa deles, mas são eles próprios que precisam dessa oportunidade para aprender e para se  desenvolver.

*   *   *

O trabalho no bem é uma oportunidade abençoada que não deve jamais ser retardada ou abandonada, sob pena de prejudicar a evolução do próprio trabalhador envolvido.

Evite desculpas vãs.

Busque o trabalho, realize e cresça.

 

Redação do Momento Espírita, com base no Boletim Al-non - Informativo Nacional nº 80, p. 7.
Em 22.08.2011.
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