Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Só se aprende a fazer, fazendo

Pegou uma tigela e uma colher, subiu numa cadeira, abriu o armário e puxou a lata de farinha.

Acabou derramando todo o conteúdo no chão. Juntou um pouco da farinha e jogou na tigela. Misturou uma xícara de leite e acrescentou açúcar, enquanto deixava rastros pelo chão da cozinha.

Ele estava coberto de farinha e frustrado. Queria preparar uma boa surpresa para sua mãe e para seu pai, mas estava estragando tudo.

Agora ele não sabia o que fazer, se colocava tudo no microondas ou no fogão. E sequer sabia como fazer o fogão funcionar!

De repente, ele viu o gatinho lambendo a tigela e o expulsou de cima da mesa, mas acabou derrubando uma embalagem de ovos ao chão.

Freneticamente tentou limpar aquela bagunça mas escorregou nos ovos, lambuzando seu pijama.

Foi aí que ele viu o seu pai parado, na porta da cozinha, a observá-lo.

Assustado, o garoto arregalou os olhos. Tudo que ele pretendia fazer era preparar uma boa surpresa. Entretanto, o que conseguira mesmo fora fazer uma terrível bagunça, uma monumental sujeira.

Ele ficou esperando uma tremenda bronca. Talvez, até recebesse um castigo pela lambuzeira na pia, na mesa, no chão, nele mesmo.

Nem conseguia se mexer. Viu o pai atravessar a cozinha, devagar, evitando pisar na sujeira esparramada. Então, aquele homem o tomou nos braços e o acariciou, sujando também o próprio pijama.

*   *   *

Assim acontece conosco e Deus, nosso Pai Maior.

Na tentativa de acertar, por vezes, acabamos fazendo uma tremenda confusão. E ficamos sem saber como consertar.

Certos de que receberemos um tremendo castigo, somos surpreendidos com uma nova chance para tentar de novo, uma nova manhã para exercitar outra vez, uma nova existência para fazer bem feito.

Deus, que é a Inteligência Suprema do Universo, Pai amoroso e justo, sabe que só se aprende a fazer, fazendo.

É por essa razão que nos oferece tantas chances quantas forem necessárias para que o aprendizado se efetive, tanto no aspecto intelectual como no moral.

É assim que voltamos inúmeras vezes ao palco terreno, através da reencarnação, para nos aperfeiçoarmos e galgar novos degraus na escada evolutiva.

É dessa maneira que vamos aprendendo a lidar com nossas virtudes e vícios, ampliando as primeiras e transformando os segundos, até atingir a perfeição relativa que cabe a todos os filhos de Deus.

Impossível deter toda a ciência do Universo, toda a sabedoria da Imortalidade, em uma única experiência na carne.

Por isso é que precisamos renascer várias vezes na Terra até que consigamos conhecer e viver todas as lições que esta escola pode nos oferecer.

Conforme ensinou Jesus, o Mestre dos mestres, para entrar no Reino dos Céus é preciso nascer de novo, e de novo. Até que aprendamos a fazer brilhar a nossa luz.

Até que consigamos superar essa etapa chamada humanidade e alcançar a condição de Espírito puro, à Imagem e Semelhança de Deus, nosso Criador, que é a Luz por excelência.

 

Redação do Momento Espírita, com base
em texto de autoria ignorada.
Em 28.10.2023.

 

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