Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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A máxima A felicidade não é deste mundo é bastante conhecida.

Ela traduz uma verdade, pois a integral felicidade constitui o resultado da perfeição espiritual. E isso não se dá neste planeta.

Somente Espíritos puros vivenciam uma felicidade plena.

Qualquer falha moral é causa de sofrimento. E as temos muitas. Por outro lado, toda virtude origina felicidade.

O orgulhoso sofre com os pequenos incidentes, pois acredita que eles diminuem a sua própria importância.

O avarento se angustia, temendo que seus bens sejam dilapidados, perdidos ou apropriados por terceiros.

O homem ciumento não tem paz, pois se imagina traído a cada instante pelo cônjuge, pelo amigo, mesmo que eles possuam dignidade e jamais cogitem disso.

Percebe-se que a causa do sofrimento reside nos vícios.

Cada qual traz no íntimo a origem dos padecimentos que experimenta.

E todos os vícios se originam do egoísmo.

A vaidade se baseia na excessiva importância conferida à própria personalidade.

Ganância, ciúme, inveja, tudo se relaciona com a ilusão de quem se considera mais importante do que os semelhantes.

Se a criatura conseguisse pensar no bem-estar do próximo, antes do seu, sofreria menos.

Os vícios, portanto, são a causa da quase totalidade dos nossos sofrimentos.

Dessa forma, se desejamos ser ao menos parcialmente felizes, devemos buscar nos desvencilharmos do egoísmo.

E o melhor antídoto é o desinteresse pessoal.

Contudo, tenhamos em mente que ninguém se transforma da noite para o dia, por um simples querer.

Cheios de vícios, não nos tornamos virtuosos por um golpe instantâneo da nossa vontade.

É necessário disciplinar a própria personalidade. Com o tempo, e os constantes esforços, tornaremos natural o comportamento solidário, amigo, conquistando virtudes.

Assim, se desejamos ser felizes, adotemos o hábito de agir desinteressadamente.

Procuremos pensar mais no bem dos outros e menos no nosso próprio.

Amemos pelo prazer da felicidade do ser amado, sem esperar ou exigir retorno.

Reconheçamos no próximo o direito de ser livre e encontrar sua ventura onde e com quem quiser.

Sejamos gentis, sem o propósito de receber gentilezas ou mesmo de ser considerado bem-educado.

Encontremos alegria em servir, sem qualquer pensamento oculto.

Não aguardemos agradecimentos ou vantagens de qualquer espécie.

Enamoremo-nos do bem, do amor, da paz, da humildade.

Incorporemos comportamentos nobres em nossa vida, pois isso tornará nossa presença mais agradável aos outros.

Abandonemos o pensamento de que somos a pessoa mais importante do Universo.

Ao adotar esse padrão de comportamento, nossos problemas gradualmente se tornarão menos significativos.

Todas as pequenas coisas que nos incomodam serão vistas sob um prisma mais realista.

O importante é ser útil, digno, bondoso, e auxiliar no que for possível.

Ao nos alegrarmos com a felicidade alheia, tiramos dos nossos ombros um peso enorme.

Presenteemo-nos com a felicidade. Esqueçamos de nós próprios e procuremos fazer felizes os outros.

É simples e funciona.

Tentemos, para conferir.

Redação do Momento Espírita.
Em 3.7.2023.

 

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