Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Conhecendo o mundo espiritual

Se perguntássemos a um cientista se milagres existem, provavelmente, ele responderia de forma negativa.

Fenômenos devem ser estudados, a fim de serem encontradas suas causas, diria.

Só assim o desconhecido se dilui, e o sobrenatural, o fantástico, passa a ser visto como algo natural.

Inúmeros fenômenos que a ciência vem desvendando, ao longo dos séculos, passaram a ser compreendidos com naturalidade.

O pedagogo francês Rivail, a seu tempo, agiu da mesma forma, ao analisar os fenômenos mediúnicos.

Não os via como sobrenatural, mas sim como algo que carecia de estudo e entendimento.

Para ele, esses fatos não eram considerados naturais, porque faltavam as explicações devidas.

Por isso, suas pesquisas, referentes ao mundo espiritual e aos fenômenos mediúnicos se pautaram em métodos semelhantes aos da ciência: observação, análise, pesquisa.

Foi dessa maneira que passamos a compreender que aquilo que chamávamos de milagres ou de sobrenatural, era a expressão de Leis da Divindade, cujas causas nos eram desconhecidas.

Passamos a saber que o que acreditávamos fantasmagórico, reflete, simplesmente, as ações de seres que vivem na dimensão espiritual.

A partir desse entendimento, começa a se desfazer o medo dos Espíritos, ou de assombrações e fantasmas, como, por vezes, nos referimos em nossas conversas.

Entender que as relações com o mundo espiritual são normais, frequentes e acontecem, desde sempre, diminui nosso medo.

A partir do esforço de pesquisa daquele que se tornou o Codificador da Doutrina Espírita, adotando o pseudônimo de Allan Kardec, pudemos entender que o mundo em que vivemos é uma cópia do mundo espiritual.

A organização social, a necessidade de nos ocuparmos com coisas úteis, de aprender, de trabalhar.

E, como aqui na Terra, encontramos pessoas dos mais variados estilos, valores e capacidades, assim também é o mundo dos Espíritos.

Nada muda em nossa intimidade, seja no mundo físico ou no mundo espiritual.

E nossa relação com o mundo espiritual se dá através de sintonia.

Sempre encontraremos companhia espiritual de igual teor aos nossos pensamentos e sentimentos.

Estaremos vinculados com Espíritos do bem quando nosso agir, sentir e pensar for nessa direção.

Porém, quando optamos pelos vícios, paixões e outros desequilíbrios, sintonizamos com Espíritos portadores das mesmas tendências.

Alguns de nós, com maior sensibilidade, perceberemos o mundo espiritual e essas sintonias, de maneira mais intensa.

Isso também é natural, visto que dispomos de capacidades muito próprias, individuais.

Essa capacidade, chamada mediunidade, que o Apóstolo Paulo denominava dom espiritual, deve ser vista com naturalidade mas, jamais, de maneira leviana.

Assim sendo, não há porque temer esses fenômenos com que nos deparamos.

Se ora eles nos soam como sobrenaturais e nos amedrontam, é porque ainda permanecem no campo do desconhecido.

Cabe a cada um estudá-los, a partir de uma literatura séria e adequada, para que o medo ceda terreno à compreensão.

 Redação do Momento Espírita.
Em 8.12.2022.

 

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