Momento Espírita
Curitiba, 20 de Abril de 2024
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ícone Nossa rotina

Com o crescente desenvolvimento das ciências e da tecnologia, dispomos de muitos aparelhos para nos auxiliar em nossas tarefas diárias.

Estranhamente, no entanto, parece que cada vez temos menos tempo livre.

Ficamos sobrecarregados com a rotina do dia a dia.

Repetimos ações em nosso trabalho, em casa, com nossos filhos, nossos amores e até mesmo em nosso lazer.

Muitas vezes, mantemos comportamentos repetitivos, desinteressantes, que não nos trazem satisfação ou alegria pessoal.

E o fazemos, simplesmente, porque estamos acostumados com tais parâmetros de conduta.

Impomos a nós mesmos, ao longo da vida, uma série de práticas, de ações, sem nos questionarmos o porquê de as realizarmos e tornarmos a realizar, sempre de igual forma.

Rotina é como ferrugem na engrenagem de preciosa maquinaria, que a corrói e arrebenta.

A vida é resultado de um processo de evolução de bilhões de anos.

Somos fruto dessa evolução. Nosso corpo é constituído por equipamentos físicos e psíquicos necessários e fundamentais para nossa evolução.

No entanto, se deixarmos adormecidas essas potencialidades, podemos adoecer.

A rotina pode ser importante como mecanismo de disciplina, nos nossos afazeres diários mas, não devemos permitir que ela domine todas as atitudes.

Devemos nos renovar incessantemente, buscando transformar hábitos e ações repetitivas.

Pensemos em algum bom hábito que gostaríamos de incluir em nossa vida.

E nos perguntemos por que ainda não fizemos isso.

O que nos impede de nos dedicarmos à construção desse novo hábito?

Usemos nosso livre-arbítrio para escolher novas e boas condutas.

Não precisamos ficar presos a rotinas.

Pensemos além, pensemos como seres imortais.

Quais os desafios a que nos podemos propor, voltados para uma vida mais feliz?

Podemos dar passos mais largos e corajosos para uma vida mais saudável e integral.

Lembremos da visita de Jesus à casa dos irmãos Lázaro, Marta e Maria, em Betânia.

Ao ser recebido pelos carinhosos irmãos, começou a falar das riquezas do Seu Reino.

Maria se deteve a escutá-lo, deixando a rotina habitual de lado.

Sua irmã Marta continuou presa aos afazeres de todos os dias e de todas as horas.

Quando ela se dirige a Jesus, no sentido de que sua irmã a viesse auxiliar, quase a queixar-se por tudo fazer sozinha, recebe a resposta:

Marta, tu te agitas a respeito de muitas coisas. Porém somente uma é necessária. Acredite, Maria escolheu a boa parte, que não será tirada dela.

A boa parte. A melhor parte. Sabemos escolher, de forma devida?

Será que ficaremos presos somente às inquietações da vida material, ou vamos eleger momentos para a busca de lições maiores?

Todos temos obrigações cotidianas e nos cabe realizá-las. Contudo, não fiquemos presos apenas a elas.

Não nos apequenemos voltados unicamente aos padrões do mundo material.

Saibamos dedicar momentos para usufruir da boa parte, aquela que não nos será jamais retirada.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com transcrição de frase do cap. 1, do
livro
O homem integral, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia
de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL e narração de fato do
Evangelho de Lucas, cap. 10, vers. 40 a 42.
Em 1º.4.2021.

 

 

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