Momento Espírita
Curitiba, 28 de Março de 2024
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ícone Caminho do coração

Em certa passagem do Evangelho segundo Mateus, Jesus exorta Seus seguidores a que ajuntem tesouros no céu.

Diz que as conquistas da Terra sofrem os efeitos do tempo e podem ser roubadas.

Enfatiza que os valores do céu são perenes e não correm riscos.

Afirma, por fim que, onde estiver o tesouro de um homem, aí estará também o seu coração.

Essa observação sinaliza que o coração e o tesouro do homem estão sempre no mesmo lugar.

Pode ser entendida no sentido de que o coração determina as conquistas que serão feitas.

Habitualmente se imagina que a razão guia o homem em sua jornada.

Entretanto, não é a racionalidade que determina a vida que se leva.

Esse papel condutor cabe aos sentimentos.

O tom da vida é dado pelos desejos profundos do coração.

Ele é que confere valor ou desvalor a determinada conquista ou situação.

O sentimento define quem o homem é e qual caminho ele trilhará.

O coração estabelece os fins, ao passo que a razão fornece os meios para os alcançar.

Conforme os anseios da alma, são diferentes os caminhos.

Um homem pode desejar ficar rico.

Outro almejar viver grandes aventuras.

Um terceiro quer deixar bons exemplos para seus filhos.

Uma vez definida a meta, o papel da razão é identificar o melhor caminho.

Isso funciona em todos os setores da vida.

Por exemplo, na escolha da profissão.

O jovem, ao escolher entre as várias opções disponíveis, costuma se indagar a respeito de seus gostos e talentos.

Alguns querem ser médicos, outros apreciam matemática, outros ainda amam as artes.

Os sentimentos têm um papel central na vida humana.

Entretanto, de modo paradoxal, o intelecto tem merecido maiores atenções da sociedade.

Os pais se preocupam em colocar os filhos nas melhores escolas.

Essas se esmeram na elaboração de um currículo o mais vasto possível.

Contudo, para além da instrução, é necessário educação.

Ou seja, cuidar de retificar hábitos.

Mas a conduta somente é aperfeiçoada com sucesso a partir do sentimento.

É muito difícil manter uma conduta divorciada dos desejos do coração.

Sempre se tem um tom artificial, de coisa forçada.

Quando o coração participa, tudo se torna mais fácil.

Um bom exemplo é dedicar-se a alguém querido.

Os pais são capazes de atos de grande desprendimento em favor de seus filhos.

Justamente porque os amam, conseguem persistir em cuidados exaustivos, que duram anos.

Desse modo, sem qualquer prejuízo para o cultivo do intelecto, convém cuidar da emoção.

Prestar atenção nos próprios gostos e desejos, identificar o que neles demanda correção.

Dedicar-se a curar feridas íntimas, a perdoar e a pedir perdão.

Enamorar-se da ideia de ser digno e fraterno.

Uma vez estabelecido o sincero desejo do bem, vivê-lo será simples e fácil.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 1º.4.2020.

 

 

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