Momento Espírita
Curitiba, 25 de Abril de 2024
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ícone A luz do Natal

Cintilância não é sinônimo de harmonia e paz.

Há claridade nos incêndios destruidores que consomem vidas e bens.

Resplendor sinistro transparece nos bombardeios que trazem a morte.

Reflexos radiosos surgem do lança-chamas.

Relâmpagos estranhos assinalam a movimentação das armas de fogo.

No Evangelho, porém, é diferente.

Comentando o Natal, o Evangelista Lucas assevera que o Cristo é a luz para iluminar as nações.

O Mestre não chegou impondo normas ao pensamento religioso.

Não interpelou governantes e governados sobre processos políticos.

Não disputou com os filósofos quanto às origens do homem.

Também não concorreu com os cientistas na demonstração de aspectos parciais e transitórios da vida.

Contentou-se em fazer luz no Espírito eterno.

Seu ministério endereçava-se aos povos de todo o mundo.

Mas Ele não marcou Sua presença com expressões coletivas de poder.

Absteve-se de movimentar e formar exércitos e sacerdócio, armamentos e tribunais.

Preocupou-se com o que de fato interessava.

Trouxe claridade para todos, projetando-a de si próprio.

Revelou a grandeza do serviço à coletividade por intermédio da consagração pessoal ao bem infinito.

*   *   *

Nas reminiscências da época do Natal, medite sobre o roteiro que você elegeu.

A quê ele o conduz?

Você tem luz suficiente para a marcha?

Que espécie de claridade está acendendo em seu caminho?

Fuja ao brilho fatal dos curtos-circuitos da cólera.

Não se contente com a lanterninha da vaidade que imita o pirilampo de voo baixo dentro da noite.

Apague a labareda do ciúme e da discórdia que atira corações aos precipícios do crime e do sofrimento.

Também não confunda o período natalino com o brilho dos enfeites das lojas.

Em breve, essa cintilação se extinguirá, mas você permanecerá em sua jornada.

Aproveite a habitual pausa de final de ano para refletir com profundidade sobre sua vida.

Identifique as opções que lhe orientam os caminhos.

Raciocine sobre os hábitos por você mantidos e que revelam seu mundo íntimo para os semelhantes.

Estarão eles de acordo com os ensinamentos do Divino Mestre?

Jesus disse que Seu jugo era leve e ofereceu a Sua paz.

Na sequência, revelou-se como o Caminho da verdadeira vida, e fez o convite.

Quem quisesse, deveria tomar sua cruz e segui-lO.

Tomar a própria cruz e caminhar com o Mestre significa imitar Seus luminosos exemplos.

Não há felicidade nos distúrbios e no erro.

Os resplendores da vida terrena bem cedo produzem enfado.

*   *   *

Se você procura o Mestre Divino e a experiência cristã, para além das ilusões do mundo, pare e reflita.

Lembre-se de que há na Terra clarões que ameaçam, perturbam, confundem e anunciam arrasamento.

Ser cristão, desfrutar de Sua sublime paz, implica cooperar com Ele.

Para isso, é necessário dispor-se a extinguir as trevas, acendendo em si próprio aquela sublime luz para iluminar.

É indispensável dispor-se a amar e servir, fazendo disso um hábito, pela repetição incessante.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no capítulo XLIV
do livro
Segue-me!..., pelo Espírito Emmanuel, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 15, ed. FEP.
Em 26.12.2018.

 

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