Momento Espírita
Curitiba, 19 de Abril de 2024
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ícone A primeira impressão

Sempre que conhecemos alguém, imaginamos coisas a seu respeito.

Habitualmente afirmamos que a primeira impressão é a que fica.

Isso bem reflete a precipitação com que julgamos os outros.

Será que temos condição de, no primeiro momento, avaliar o caráter alheio?

É inevitável que, ao travar contato com alguém, façamos uma análise preliminar de sua pessoa.

Mas é necessário cautela quanto a essa primeira impressão.

Pessoas tímidas ou reservadas podem ser consideradas antipáticas ao primeiro olhar.

Criaturas zombeteiras ou levianas talvez pareçam apenas alegres, num contato superficial.

É preciso manter a mente aberta para uma eventual revisão do impacto inicial que alguém nos provoca.

Antes de conhecer profundamente uma pessoa, devemos evitar formar opinião firme e irrevogável sobre seu caráter.

Às vezes experimentamos um influxo de imediata e profunda simpatia por um novo amigo.

Ainda assim, é conveniente conhecê-lo melhor, antes de abrir a vida e o coração.

Em relação a algumas pessoas, sentimos imediata antipatia.

Do mesmo modo, não devemos fechar a porta ao entendimento fraterno, apenas com base em um palpite.

É imperioso controlar o primeiro impulso, aprender a ver a essência da pessoa antes de rotulá-la como boa ou má.

Ou seja, devemos aprender a utilizar a razão em nossa convivência social.

Nem muita proximidade, nem frio de gelo, antes de conhecer melhor quem chega em nossa vida.

Ter cautelas emocionais não significa ser mau cristão.

É impossível ignorar a natureza do mundo em que vivemos, onde ainda há muita ignorância e violência.

Muitas vezes, ao simpatizar prontamente com alguém, nos permitimos grandes intimidades.

Recebemos o recém-conhecido em nossa casa, contamos nossos segredos sem qualquer cautela.

Mas depois nos sentimos no direito de afirmar que o novo amigo nos decepcionou, que não era como aparentava ser.

Ocorre que o outro é como é, não como achamos que ele deve ser.

Ninguém tem obrigação de atender nossas expectativas.

As expectativas são nossas. Somos nós que as criamos, em nossa ausência de discernimento.

Quando dizemos que alguém nos decepcionou, devemos pensar que a responsabilidade pela decepção é nossa.

Nós é que criamos uma falsa imagem. O outro nada tem a ver com nossa ilusão.

Todos somos falíveis, pois somos humanos.

É importante que eduquemos nossas emoções, para não esperar dos outros mais do que eles podem dar.

Torna-se necessário conhecer bem o próximo antes de qualificá-lo dessa ou daquela forma.

Quando o percebermos tal qual é, com seus defeitos e virtudes, será mais fácil identificar o modo correto de conviver com ele.

Com critério e discernimento, descobriremos as pessoas com as quais temos real afinidade.

Cientes de com quem nos relacionamos, podemos querer bem a todos, sem preconceitos ou expectativas irreais.

Seremos mais úteis ao próximo, quanto mais o compreendermos em sua essência.

Perceber as dificuldades do semelhante, e mesmo assim querer-lhe bem, é sinal de maturidade emocional e espiritual.

Cuidemos, pois, com a primeira impressão que o outro nos causa.

Devemos educar nossas emoções para não sermos governados por impulsos.

A razão iluminada pelo amor é que deve conduzir nossos atos.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 22,
do livro
Para uso diário, pelo Espírito Joanes,
psicografia de Raul Teixeira,
ed. FRÁTER.
Em 13.7.2018.

 

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