Momento Espírita
Curitiba, 28 de Março de 2024
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ícone A lei do trabalho

Quem foi que teve a infeliz ideia de dizer, um dia, que o trabalho enobrece o homem?

Este foi o desabafo de um jovem, retornando ao lar, verdadeiramente exausto, ao final do expediente.

Pelo mundo afora, nas variadas culturas de cada época, o trabalho tem sido considerado como um verdadeiro castigo.

Não são poucos os que ficam aguardando ganhar um bom dinheiro na loteria, em jogos de azar, ou, quem sabe, uma herança, para se verem liberados do trabalho.

Há quem olhe para os que têm muito dinheiro e afirmem: No lugar dele, eu não trabalharia. Ah, se eu fosse filho de fulano, teria uma vida muito sossegada.

Desde a infância, vimos tendo a mente enxertada pelas ideias de que o trabalho na Terra tem dois únicos objetivos: ganhar dinheiro e aborrecer as pessoas.

Por causa disso, quantas vezes praguejamos por ter que nos deslocarmos, em dias frios, chuvosos, para ir ao trabalho?

Quantas vezes, na segunda-feira, nos perguntamos: Quem foi que inventou o trabalho?

Ou: Não daria para trabalharmos sábado e domingo, e festarmos os outros dias, invertendo a ordem existente?

Num mundo cheio de reveses, de dores, de acidentes diversos, é de se supor que os seus habitantes não se sintam contentes com tudo o que os retira de sua comodidade.

No entanto, se participamos do grupo dos amigos de Jesus Cristo, outra postura é esperada.

Para o verdadeiro cristão, o trabalho representará sempre o necessário arrimo moral, a indispensável defesa do mal e do crime.

Embora, por nos encontrarmos num mundo de provações, possa o trabalho profissional sofrer percalços e dificuldades, nunca terá como missão impor nenhum tipo de sofrimento.

Valorizemos o nosso trabalho, esmerando-nos no desempenho da nossa profissão. Ofereçamos o nosso esforço para realizar o que seja mais importante na faixa da nossa ocupação.

Sintamo-nos dedicados ao que fazemos, por mais simples seja a nossa atividade.

Se nos sentirmos espoliados, perante as leis constituídas do mundo, temos o direito de questionar.

No entanto, verifiquemos a importância de também dar boa conta dos nossos deveres.

O bom trabalhador não é somente o que discute bem, o que faz maravilhosas propostas aos patrões ou aos seus associados.

Ou o que alcança prodígios de liderança. É, sobretudo, aquele que se dedica em aperfeiçoar as próprias condições, fazendo-se melhor habilitado para o labor que lhe cabe realizar.

Busquemos nos aprimorar como profissionais. Não paremos no tempo, em questão de conhecimentos e de práticas. Superemo-nos.

Trabalhemos com alegria e com vontade de ser útil. Ainda que a nossa ocupação não seja das mais agradáveis, das mais apreciadas ou das mais procuradas.

Não nos esqueçamos de que toda ocupação útil é trabalho, como ensinaram os guias da Humanidade, através do Espiritismo.

Aprendamos a tornar valiosa a nossa ocupação, profissional ou não, e cantemos ao Senhor o nosso júbilo em poder trabalhar, por saber trabalhar, por trabalhar.

Enfim, tenhamos em conta que Deus, o Senhor do Universo, o mais rico de todos, trabalha sempre, como ensinou nosso Mestre Jesus.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 9,
 do livro
Para uso diário, pelo Espírito Joanes,
 psicografia de J. Raul Teixeira, ed. FRÁTER.
Em 1º.6.2018.

 

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