O que de melhor podemos legar de nossa existência, ao assumir a maternidade ou a paternidade?
Seja para a sociedade, seja para nós mesmos, ou para nossos filhos, o que de melhor podemos oferecer?
A resposta é somente uma: educação.
Não há tarefa mais relevante ou ação mais nobre, na missão da maternidade/paternidade, do que educar nossos filhos.
É de tal porte, de tal envergadura e importância, que jamais deverá ser delegada a terceiros, ou mesmo relegada a um segundo plano.
Educar nossos filhos é prepará-los com as melhores ferramentas ao nosso alcance para a nova existência que iniciam, neste abençoado planeta.
Porém, não é tarefa trivial, nem tampouco de fácil condução.
Educar exige atenção, paciência, cuidado. Acima de tudo, muito amor.
Quando nos faltam esses recursos, alguma coisa não irá funcionar muito bem em nossa missão de mães ou de pais.
Se renunciamos aos momentos de convivência, de brincadeiras com nossos filhos, deixando-os com os jogos eletrônicos, certamente algo não está certo.
Se compensamos nossa ausência física com bens materiais, com presentes em excesso, alguma coisa está errada.
Se nossa falta de tempo e paciência para o diálogo, para os enfrentamentos naturais descambam na permissividade, quando permitimos que façam o que bem entenderem, contanto que não nos incomodem, haverá aí um grave problema.
Se delegamos para a escola a responsabilidade maior do processo de educação moral de nossos filhos, mostra-se aí uma séria distorção.
E tudo isso somente acontece se nós, enquanto pais e mães abdicamos da tarefa que é nossa, que nos foi delegada pela Divindade, ao encaminhar esses Espíritos para nosso lar.
Educar é orientar. É também repetir quantas vezes forem necessárias a mesma lição, até que seja aprendida, assimilada e vivenciada.
Educar é apontar o erro, é orientar para a atitude correta, exigindo a reparação da ação mal feita. É não aceitar atitudes equivocadas, impondo os limites necessários para a compreensão do respeito devido a si e ao próximo.
Ninguém conseguirá educar a quem não conhece. E para conhecer é necessário investir tempo, dedicação, sondar a alma de nossos filhos e os valores nelas existentes.
Não temos o direito de nos descuidar da tarefa, alegando cansaço decorrente da vida profissional ou falta de tempo pelos multiplicados compromissos sociais.
Será sempre possível aliar uma coisa à outra, sem de nada nos descuidarmos, desde que nos disponhamos a uma boa administração do tempo.
Em essência, mais importante do que o tempo que passamos com nossos filhos, será a qualidade das horas dedicadas a eles.
Dessa forma, não deleguemos a convivência possível com eles a terceiros. Nem permitamos que nossos filhos sejam adotados por dispositivos eletrônicos.
Tampouco percamos as oportunidades de lhes incutir valores, de lhes provocar salutares reflexões. Empenhemo-nos na educação, com o objetivo de lhes proporcionar as melhores condições para se tornarem cidadãos dignos e úteis.
Guardemos a certeza de que, assim agindo, nossos filhos e a própria sociedade nos haverão de agradecer.
Redação do Momento Espírita.
Em 18.10.2017.
Escute o áudio deste texto