Momento Espírita
Curitiba, 29 de Março de 2024
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ícone Patrimônio moral
 

Você já pensou no que faria se alguém tentasse invadir ou roubar os bens materiais que lhe pertencem?

As pessoas, de um modo geral, lutam para defender seu patrimônio, mesmo que para isso seja necessário se expor de forma perigosa.

No entanto, muitos são os que permitem que outro patrimônio, bem mais valioso e efetivo, seja saqueado com facilidade.

Trata-se do patrimônio moral.

Enquanto os bens materiais não nos pertencem de fato, pois a qualquer momento podemos deixá-los aos herdeiros, por ocasião da morte, ou perder por um motivo qualquer, o patrimônio moral é o único tesouro que realmente nos pertence.

Mas, de que forma nosso patrimônio moral pode ser dilapidado?

Isso ocorre de uma maneira tão sutil que quase não nos damos conta.

Quando, num restaurante, por exemplo, o garçom nos pergunta se queremos uma nota fiscal de valor maior para usarmos em alguma prestação de contas, está nos convidando a ser desonestos.

E, no caso de aceitarmos, a diferença entre a despesa e o valor da nota será o preço pelo qual vendemos um pedaço do nosso patrimônio moral. E geralmente é muito barato.

Nesse caso vemos o quanto barateamos esse tesouro.

Outro exemplo é quando tentamos substituir uma multa qualquer, seja fiscal ou de trânsito, por uma propina. Nesse caso, não somente estamos empobrecendo nosso patrimônio moral, como também sugerindo o mesmo ao profissional que nos autua.

Quando arranjamos um atestado médico falso, para justificar uma falta ao trabalho, estamos dilapidando nosso tesouro moral.

Quando fazemos uma compra e o caixa se engana, dando-nos o troco a maior, e não devolvemos essa quantia, ficamos um pouco mais pobres moralmente.

Quando o comerciante adultera a balança ou a mercadoria para vender menos e cobrar mais, está desvalorizado seu patrimônio real.

Quando o eleitor empenha seu voto em troca de um benefício qualquer, está comercializando seu bem mais precioso.

Isso sem falar naqueles que se utilizam de bens ou valores de terceiros, ou do erário, para saquear a moral alheia. Nesse caso, ficam ainda mais empobrecidos moralmente, pois desconsideram a confiança que lhes foi depositada.

Enfim, são tantas as maneiras de vender ou desperdiçar nosso patrimônio moral, que é preciso ficar atento para não nos tornarmos mendigos morais em pouco tempo.

Como podemos perceber, o cuidado com os bens materiais é válido, mas não podemos deixar de preservar o patrimônio moral, o único que poderemos levar conosco pela eternidade afora.

Era a esse tesouro que Jesus Se referia, dizendo que nem a traça nem a ferrugem consomem e ladrão nenhum pode roubar.

*   *   *

Muitos empresários já estão atentos para as qualidades morais das pessoas que desejam contratar.

Depois que várias empresas foram à falência por causa da desonestidade de funcionários que ocupavam cargos de confiança, o fator moralidade passou a ter maior peso dentre os pré-requisitos dos candidatos a emprego.

Por essas e outras razões, vale a pena garantir a integridade desse bem de valor inestimável, pois ele é o nosso passaporte para a conquista de um mundo melhor.

 

Redação do Momento Espírita
Em 18.10.2010.

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