Momento Espírita
Curitiba, 20 de Abril de 2024
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Somos generosos perante a vida?

Talvez essa pergunta nos tome de surpresa. Talvez nunca tenhamos pensado nisso. Ou ainda, quem sabe, seja algo que acreditamos não ser preciso nos preocupar.

Porém, com certeza, em algum momento, fomos presenteados com a generosidade de alguém que cruzou nosso caminho.

A generosidade é esse sentimento de desprendimento de si mesmo.

É quando esquecemos das nossas necessidades, dos nossos problemas e ocupações para nos ocuparmos com o próximo.

A generosidade é moeda tão cara, tesouro tão precioso, que somente consegue ser paga de igual forma.

Assim, generosidade não se retribui com o reconhecimento de um muito obrigado. Tampouco consegue ser paga com presentes ou valores monetários.

Menos ainda conseguimos retribuir a generosidade que nos é ofertada com um simples favor ou alguma gentileza.

Apenas com generosidade se paga a generosidade que recebemos.

Por nascer em corações nobres, fruto e filha da abnegação, é moeda de alto quilate.

Por isso, é normal que aqueles menos nobres, que ainda não disponham de alguma generosidade no coração, desconfiem de atitudes generosas.

Julgam a atitude altruísta do outro como permeada de segundas intenções, como quem deseja algo além da própria ação.

Chegam a se constranger quando são alvo da generosidade alheia, pois em sendo brindados por esse presente, sentem-se afetados no orgulho, na presunção e na vaidade.

Quase sempre, esquecemos que também é generosidade quando somos capazes de reconhecer na ação do outro a sua gentileza, a sua atitude nobre.

É quando conseguimos perceber esse movimento invisível, discreto, da generosidade alheia para conosco, que nos tornamos agradecidos, reconhecidos a quem dessa maneira nos brinda.

Dessa forma, é generoso o escritor, que alcançando um grande prêmio, lembra-se de reportá-lo à professora que o alfabetizou, à mãe que o conduziu, ao pai que lhe formou o caráter.

É generoso o chefe, o líder empresarial que, frente a uma grande conquista profissional, é capaz de dividi-la com funcionários e colaboradores, compartilhando louros, sabendo-se apenas representante de uma grande equipe, reconhecendo que sozinho não alcançaria tal patamar.

Generosos somos quando compartilhamos felicidade com quem se encontre atravessando agruras, alimento com quem padece fome, nosso tempo com o solitário, nosso sorriso com quem esteja mergulhado em tristeza profunda.

Antítese do egoísmo, a generosidade é flor de raro perfume que, ao ser distribuída, mantém sempre perfumadas as mãos daquele que a oferta.

Generoso foi o samaritano da parábola cristã, ao esquecer dos seus compromissos, ofertando o seu tempo, seus cuidados e seus recursos amoedados para atender o ferido deitado à beira do caminho.

E, ainda, preocupando-se com os dias futuros, comprometendo-se à continuidade do auxílio.

Generosos foram Madre Teresa de Calcutá, Francisco Cândido Xavier, Gandhi, Albert Schweitzer e tantos outros que esqueceram de si, a fim de perfumar a vida daqueles que estavam ao seu redor.

Redação do Momento Espírita.
Em 30.7.2016.

 

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