Momento Espírita
Curitiba, 19 de Abril de 2024
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ícone Provocações

A provocação de qualquer natureza é mal que gera contágio e, quando aceita, transforma-se em desequilíbrio.

O provocador está de mal com ele mesmo, saindo da cela escura em que se domicilia para perturbar, irradiando azedume, propondo anarquia.

Ignora-o e segue adiante.

Por ele assediado, considera as desvantagens da empresa, aplicando o teu tempo de forma produtiva.

Tens um compromisso com a própria consciência, que te ensina respeito ao próximo, a quem deves amizade, não, porém, obediência, sujeição.

A tua tarefa, deves realizá-la, conforme a abraçaste. A opinião dos outros merece a consideração que lhe dás.

Assim, não te detenhas em justificativas ou discussões inúteis, que somente aumentariam as desarticulações do trabalho, estabelecendo balbúrdia, perturbação.

Os provocadores de polêmicas agem com insensatez.

Estão sempre contra todos aqueles que os não homenageiam.

A sua cegueira é farta de presunção. Acreditam deter a verdade, a sabedoria, só eles que se autonomearam seus zeladores, olvidados de que passam pela Terra e não permanecerão no posto de vigilância, que dizem resguardar.

A polêmica, nascida no despeito, na mágoa, na paixão, somente produz desarmonia, trevas, nunca esclarecendo.

Adotaste o comportamento de construtor da esperança, iluminador de consciências, mensageiro do amor.

Allan Kardec, atacado por adversários gratuitos e amigos que não lhe correspondiam à afeição, jamais se defendeu, debateu, polemizou, no campo da vulgaridade.

Quando respondeu às críticas, sempre o fez com elevação de linguagem, com argumentação sólida e clara, com respeito pelo opositor.

Manteve o nível da discussão na órbita das ideias e nunca da agressão às pessoas.

Jesus, constantemente provocado, permaneceu em alto padrão de comentário, aplicando a terapêutica da compaixão em favor dos Seus perseguidores.

O tempo é sempre o melhor medicamento para todos os males.

Ninguém escapa à sua marcha inevitável.

*   *   *

Você costuma levar desaforo pra casa?

Algumas pessoas proclamam que não. Que resolvem tudo ali, na hora. Não deixam para depois.

Mas, será que no calor do momento, com as emoções à flor da pele, estamos aptos a tomar as melhores decisões? Quase sempre não.

Por isso, levar desaforo para casa pode ser uma excelente ideia, pois em casa podemos pensar, refletir, sozinhos e também com os outros. Colocar para fora, pedir opiniões, conselhos. Pedir ajuda.

Na maioria das vezes o que não nos deixa engolir sapos não é o desejo de resolver o problema o quanto antes, mas sim o orgulho ferido.

Por isso, a postura equilibrada é tão importante. E muitas vezes ela significa calar num primeiro momento. Em outros, significa se colocar, porém de maneira humilde e fraterna, sem posição de contra-ataque.

Defender-se atacando é sinal de ego machucado. Sinal de que nossos argumentos estão contaminados e de que nossa resposta não será a melhor possível no momento.

Quando recebermos críticas saibamos ouvi-las, retirando delas a verdade e deixando de lado as afirmações vazias. Sempre podemos aprender algo, mesmo com aqueles que desejam nosso mal.

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 3, do livro
Desperte e seja feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 17.9.2015.

 

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