Momento Espírita
Curitiba, 23 de Abril de 2024
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ícone Relacionamentos destrutivos

Será que todo relacionamento vale a pena? Esta pergunta não conseguia abandonar a casa mental daquela jovem.

Há meses ela iniciara um namoro.

Esse período, ao mesmo tempo que trouxe a aproximação, a intimidade, também propiciou surpresas.

Ela percebia que o rapaz era por demais possessivo.

Bastava que discordassem sobre alguma questão para que ele se tomasse de fúria e se descontrolasse emocionalmente.

Não eram raros os momentos de agressividade, extrapolando aquilo que seria aceitável.

Por sua vez, muitas vezes, ela se deixava levar de roldão pela instabilidade do momento, fomentando ainda mais o desequilíbrio na relação.

Percebia que, aos poucos, eles se permitiam atitudes, palavras, gestos, que denotavam clara falta de respeito mútuo.

Nesse estado de ânimo, ela se questionava se valeria a pena prosseguir com tal relacionamento.

Cheia de dúvidas, foi ter com seu conselheiro, um amigo da família, que a conhecia desde a infância, para com quem tinha imenso respeito e afetividade.

Expôs-lhe, com sinceridade, a situação. Contou-lhe seus dramas íntimos e suas dúvidas.

Ele a escutou, demoradamente. Depois, com a capacidade de síntese daqueles que bem viveram a vida, ponderou:

Minha querida, quando o relacionamento a dois põe em perigo a dignidade do ser humano, é um relacionamento destrutivo.

Qualquer um que queira se apossar do outro, dirigir sua vida, configura um estado de dominação obsessiva.

Essa atitude denota infantilidade maldosa ou crueldade opressora.

Relacionamentos em que um deseja dominar o outro, ou reciprocamente assim age o casal, impedem o crescimento individual.

Não raro, nesses casos, gera-se uma dependência patológica. O casal não consegue se manter longe um do outro e, no entanto, quando juntos estão sempre em clima de desarmonia, de agressão, de desrespeito.

E isso, minha filha, podemos encontrar, inclusive entre pais e filhos, amigos ou irmãos.

Permitindo-se uma pausa, para ensejar à jovem melhores reflexões, prosseguiu:

Assim, minha querida, nesse tipo de relacionamento, há que se ponderar realmente se há crescimento, aprendizado, conquistas mútuas.

É importante que uma pessoa adulta aprenda a desatar esses complicados nós, optando por alterar o nível do relacionamento, a fim de que ele se faça respeitável e responsável. Ou decida por se desligar dele, se considerar que a questão fuja à capacidade de suas resistências.

Para concluir, ponderou docemente:

Lembre-se de que o amor deve reger todos as relações porque só o amor confere saúde, alegrias e bom ânimo.

Só o amor tem o combustível ideal para alimentar as vidas e oferece segurança ante os desafios dos relacionamentos.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 24,
do livro
Todos precisam de paz na alma, pelo Espírito
Benedita Maria, psicografia de José Raul Teixeira,
ed. Fráter.
Em 27.6.2015.

 

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