Momento Espírita
Curitiba, 29 de Março de 2024
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ícone Uma definição necessária

Jesus veio à Terra em um período de grande impiedade e desesperança.

O domínio dos poderosos era cruel e implacável.

Segundo a narrativa evangélica, a palavra e a pessoa de Jesus representaram um lenitivo geral.

De repente havia esperança de cura e conforto.

Deus era anunciado como Pai amoroso e sábio, não como um Senhor terrível e vingativo.

Era possível confiar no futuro.

Mesmo o presente já se apresentava promissor, com a perspectiva de notáveis curas e transformações.

A canção da paz e da ventura soavam arrebatadoras naqueles lábios puros.

O povo ficou ébrio de esperança.

Todos se viam logo adiante saciados, socorridos, alimentados e felizes.

Entretanto, não se davam conta da contribuição pessoal que deveriam dar em favor da nova ordem social.

Mas Jesus em tempo sinalizou que a bem-aventurança tinha um preço.

Perante a incompreensão geral, disse não ter vindo trazer à Terra a paz, mas a espada.

Que poria em dissensão o filho contra seu pai, a filha contra sua mãe.

Que os inimigos do homem seriam os seus familiares.

Que quem não tomasse a sua cruz e O seguisse, dEle não seria digno.

Não se há de imaginar o Senhor da brandura e da bondade convertido em um guerreiro infeliz, um vassalo da loucura.

Essas singulares palavras sinalizaram a necessidade de separar-se a verdade da impostura.

Elas anunciaram que, em incontáveis famílias, alguns dos membros o amariam, enquanto outros o detestariam.

Jesus lançou ao futuro a advertência de ser necessário preferir Deus a Mamom.

Alertou que o dever e a transparência constituem requisitos indispensáveis para quem deseja a Sua paz.

Deixou claro que a condição de cristão é incompatível com a vivência corrupta e acomodada.

O Messias Divino ateou o fogo purificador da verdade, para desespero de muitos.

A linguagem era forte e anunciava um testemunho difícil.

A mensagem cristã implica a necessidade de uma definição de rumos.

Pelo bem ou contra ele, não sendo possível uma postura de hipocrisia e conivência.

A figura de Jesus permanece sedutora e a Sua mensagem segue atual.

Incontáveis se afirmam cristãos e anelam pela paz do Senhor.

Entretanto, hesitam no testemunho necessário.

Malgrado suas crenças, vivem de forma impiedosa, promíscua e desleal.

O Cristianismo representa a Boa Nova, o advento da paz e da ventura como consequência da vida reta e generosa.

Não se trata de um milagre ou de um favor.

Primeiro a criatura se define pelo bem e se esforça para vivê-lo.

A paz e a plenitude surgem como resultado natural.

Pense nisso.

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 17, do livro
A mensagem do amor imortal, pelo Espírito Amélia Rodrigues,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 3.4.2015.

 

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