Momento Espírita
Curitiba, 28 de Março de 2024
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ícone Acima de tudo, Pai

A ciência nos permite penetrar as profundezas do infinito. Lançamos nosso olhar ao espaço e, de imediato, as centenas de pontos brilhantes que vemos, nos encantam.

No entanto, graças a potentes telescópios, vimos descobrindo milhares de mundos, lançando suas esplêndidas harmonias nos celestes campos da imensidão.

Diante desses horizontes, abertos à investigação humana, maravilhados,concebemos o Criador de todas as coisas, tão acima de nós que só um esforço da razão pode fazer que O entendamos.

A ordem, a grandeza, a majestade reinam por toda a parte. Tudo demonstra a bondade, a justiça dAaquele de quem todos os esplendores são apenas pálido reflexo.

E, se lançarmos nosso olhar para o próprio globo em que nos movemos, constataremos o emocionante quadro da vida estuante, em que Deus se revela.

As estações seguem seu curso, os corpos se combinam, a vida circula sobre o planeta, juntando e desagregando as moléculas, segundo leis que se cumprem maravilhosamente.

Na natureza tudo é harmonia. Tudo vibra, em acordes harmônicos, em condições determinadas por uma Inteligência.

Inteligência suprema, uma força eficiente.

É Deus que paira acima da Criação, que a envolve com Seus fluidos, que a penetra por Sua razão.

É por Ele que os universos se formam, que as massas celestes apresentam seus esplendores deslumbrantes, nas imensidões do infinito.

É por ele que os planetas gravitam nos espaços, em torno dos focos luminosos, formando brilhantes auréolas de sóis.

É Deus a vida eterna, imensa, indefinível, o Começo e o Fim, o Alfa e o Ômega.

É Ele que, no abismo dos tempos, quis que o universo existisse e a poeira cósmica entrou em movimento.

É por Sua vontade que as admiráveis leis da matéria desenvolvem no infinito as combinações maravilhosas que produzem quanto existe.

É Sua razão sem limites que ordenou tudo fosse feito em vista de um efeito inteligente.

É Sua justiça que traçou em caracteres indeléveis as leis de fraternidade e solidariedade que se fazem sentir entre os homens e os mundos.

É Sua bondade inefável que deu ao homem, incessantemente, o meio de conseguir a felicidade.

*   *   *

Deus! Ainda existem os que Lhe pretendem negar a existência. Ainda há os que pensam que o acaso poderia ter feito tudo o que existe, de forma tão perfeita, tão justa.

Contudo, Ele está em tudo e em todos. Mesmo que afirmem que Ele não existe, Sua ação se faz constante e precisa.

Acima e além de tudo, dispensa o Seu amor sem cessar.

Ele rega as plantas com a chuva delicada, alimenta as fontes e os rios, providencia o orvalho generoso.

Tempera a água dos mares, acaricia as ondas e as levanta, com majestade, fazendo-as uivar nos rochedos e cantar mansamente nas praias.

Atende a singela flor do campo, balança os ramos do salgueiro e aveluda as pétalas das rosas.

Todos os dias. A cada dia. E, enxuga as lágrimas dos Seus filhos, envia mãos generosas para os sustentar na jornada, a ninguém esquece.

Se é o Criador de tudo, é igualmente o Pai amoroso e bom, sempre presente.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no
 cap.
Discurso sobre Deus, de Gabriel Delanne,
do livro
Gabriel Delanne, vida e obra, de
Paul Bodier e Henri Regnault, ed. CELD.
Em 12.3.2015.

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