Momento Espírita
Curitiba, 25 de Abril de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone A festa da fraternidade

Vai haver festa no pomar!

A notícia se espalhou rapidamente e logo, as frutas se reuniram para decidir quem deveria participar da grande festa.

O morango, que era o presidente da Comissão pelos direitos das frutas, abriu a sessão e foi relacionando quem seria convidado. Quando chegou a vez do limão, perguntou:

Quem estiver a favor de convidar o limão, erga a mão.

Um grande silêncio se fez. Nenhuma mão se levantou. Ninguém queria o limão, porque era muito azedo. Ele estragaria qualquer reunião.

O limão, de longe, observava tudo e ficou ainda mais azedo por não poder participar.

Foi então que a batata, que por ali passava, fazendo sua habitual caminhada matutina, viu o limão no canto, isolado, e perguntou:

Você não vai à festa do pomar?

Envergonhado, o limão teve que dizer que não poderia ir, porque as frutas o achavam muito azedo.

Dona batata era uma senhora distinta e esclarecida e o convidou para ir à festa da horta.

Vamos fazer uma grande salada, disse. Você vai temperá-la.

O limão aceitou o convite e foi com ela. A festa foi um sucesso, com a alface abraçada à cebola, o agrião enrodilhado na vagem e as ervilhas rolando, felizes.

Quando a festa ia a meio, deram-se conta de que faltava o jiló.

Ah, disse a cenoura. Ele me falou que não viria porque se sentia amargo demais hoje.

O tomate, corado de dançar, propôs:

Se ele está amargurado, não pode ficar sozinho. Vamos buscá-lo.

Por fim, decidiram que, em vez de buscar o jiló, todos deveriam ir até a casa dele e continuar a festa por lá mesmo.

Quando viu as hortaliças chegando, jiló se assustou um pouco. Eram tantas!

Entretanto, todos se acomodaram bem na casa dele e a festa se prolongou por todo o dia.

No final da tarde, o boldo chegou para participar do chá das cinco, junto com a hortelã, o capim limão e a erva cidreira.

Foi uma verdadeira confraternização!

*   *   *

Assim também acontece em nossas vidas. Não há amargura ou mau humor que não se cure com uma boa dose de amor.

É muito fácil e nos dá prazer conviver com os bons, os meigos e gentis. Porém, não nos esqueçamos dos que precisam realmente da nossa presença, do nosso exemplo, do nosso carinho e da nossa compreensão, dia a dia.

Assim procedendo, estaremos pondo em prática os ensinamentos cristãos que nos convidam a amar não somente os que nos amam, porque isso todos fazem.

Como cristãos, o nosso deve ser o comprometimento de buscar os que não nos amam e, na convivência fraterna, conquistá-los para o nosso coração.

*   *   *

No concerto da luz, a fraternidade é excelente virtude. É estrela em noite escura que ampara e consola a alma ferida.

Transforma sombra em clarão e torna ausente o mal. Onde quer que se manifeste, possibilita nova impressão aos pilares da vida e impele o coração ao encontro dos seus irmãos.

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Salada mista,
do livro
Grãos de mostarda, v. 3, de Leila Fernandes, ed.
Grupo de Estudos Espíritas Os Mensageiros e no cap. 1,
do livro
Vozes do Infinito, por diversos Espíritos,
psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 13.3.2015.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998