Momento Espírita
Curitiba, 24 de Abril de 2024
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ícone Jesus no lar

Ao inaugurar na Terra o reino do bem, o rabi Galileu se utilizou especialmente do lar.

Foi no lar, em Nazaré, que, desde os dois anos de idade, sob a tutela de José, Seu pai, conforme o costume hebreu, aprendeu os primeiros versos da Torá, a lei.

Ao iniciar o Seu messianato, honrou com Sua presença o lar de Levi, o cobrador de impostos, semeando a boa semente, no banquete que Lhe foi oferecido. Levi se tornou o Apóstolo Evangelista Mateus.

Esteve no lar de Zaqueu, o publicano, e esparramou o perfume de Sua paz. O cobrador de impostos abraçou a Boa Nova e renovou-se para a vida.

No lar de Simão, o ex-leproso, em Betânia, falou do amor e exaltou a amizade, ante o gesto de Maria, irmã de Lázaro, que espargiu perfume sobre Sua cabeça e lhe tocou os cabelos que repousavam sobre os ombros, em cascata dourada, à semelhança de trigo maduro brilhando ao sol.

Toda vez que ia a Jerusalém, permitia-se vencer os poucos quilômetros até Betânia para buscar o aconchego na chácara dos irmãos Marta, Maria e Lázaro.

Foi ali que distribuiu as lições da melhor escolha, da correta utilização do tempo e dos tesouros da alma que devem ser preservados.

Foi ali, após o retorno de Lázaro do vale da morte, que Ele lecionou fartamente as claridades da Imortalidade.

No lar de Pedro, em Cafarnaum, nas noites de estrelas e luar, estabeleceu as balizas para o novo reino, aquele que deveria se implantar no coração dos homens.

Na intimidade do lar do velho pescador, Jesus ensinou aos Apóstolos as lições que eles deveriam espalhar ao mundo, um dia, como aroma campesino ao vento amigo.

Ele esteve nas sinagogas e no templo, em Jerusalém. Espalhou as notícias do reino de Deus pelas estradas poeirentas da Galileia e entregou às brisas das tardes mornas o Seu verbo, que deveria chegar aos ouvidos de todas as gentes.

À beira do lago de Genesaré, nas praias generosas, Ele ensinou. Também na praça, pelos caminhos.

Contudo, foi no lar que Ele distribuiu a semente generosa do Seu Evangelho com especial doçura.

No lar, em Caná, abençoou a união esponsalícia e deu início à Sua vida pública.

Em Jerusalém, em um lar cedido por empréstimo, Ele compartilhou da ceia com os Apóstolos e fez Suas despedidas, distribuindo as derradeiras recomendações aos amigos que O ouviam, entre a surpresa e o temor do abandono.

O lar foi abençoado com Sua presença, afirmando com Seu gesto que o Evangelho deve viger portas domésticas adentro.

Assim, honra teu lar, uma vez na semana, ao menos, com a reunião do Evangelho.

Reúne a família, ora, lê os ditos e os feitos do Celeste Pastor. Compartilha as lições do amor com os teus e cria uma atmosfera de harmonia.

Uma vez por semana, ao menos, em dia e hora pré-estabelecidos, convida Jesus a estar em teu lar.

Deixa-O entrar e à semelhança de Marta, em Betânia, queda-te a ouvi-lO, uma vez mais, invadindo a tua alma e plenificando-te a vida.

*   *   *

Quando o Evangelho penetra o lar o crime bate em retirada. Com a mensagem clara da Boa Nova a alegria renova os corações e alimenta as almas.

Jesus Cristo em casa é paz no coração e harmonia no mundo.

Congreguemo-nos em casa, junto à mesa do pão diário, para comungar com o Senhor o pão sagrado do entendimento fraterno.

 

Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais do cap. 13,
do livro
Crestomatia da Imortalidade, por Espíritos diversos,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 26.12.2014.

 

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