Momento Espírita
Curitiba, 23 de Abril de 2024
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ícone O que sentem os bebês

Algumas pessoas se mostram surpresas ao saber que as crianças, antes de nascer, conseguem apreender os pensamentos e sentimentos da mãe.

O que se passou durante o período da sua gestação, em âmbito familiar, conjugal, de alguma forma elas percebem e traduzem ao nascer.

O regente Boris Brott, da Orquestra Filarmônica de Ontário, Canadá, conta que, por vezes, ficava perplexo com a facilidade com que dirigia certos trechos musicais, antes de os ter estudado.

Dirigia uma partitura pela primeira vez e, de repente, as notas para violoncelo surgiam na sua mente, como se ele já conhecesse a sequência da peça, mesmo antes de ter virado a página.

Ele falou no assunto para sua mãe, que é violoncelista profissional. A questão era intrigante pois era sempre a partitura para violoncelo que ele parecia conhecer antecipadamente.

Quando disse à mãe quais eram as obras, o mistério rapidamente se desvendou. Ela tinha ensaiado todas aquelas partituras para um recital, enquanto estava grávida.

O Dr. Gerhard Rottmann, da Universidade de Salzburg, na Áustria, realizou um estudo, que envolveu em torno de cento e cinquenta mulheres, da gravidez ao parto.

Concluiu que a atitude da mãe tinha uma influência decisiva sobre a evolução da criança. Por isso, dividiu as mulheres em quatro categorias emocionais.

1ª - Mães ideais – as que desejavam a criança, tanto consciente como inconscientemente. Tinham uma gravidez fácil, um parto sem complicações e uma criança saudável, física e emocionalmente.

2ª categoria – Mães ansiosas – as que tinham atitudes negativas para com o bebê. Apresentavam os mais complicados problemas médicos durante a gravidez. Davam à luz elevado número de crianças prematuras, de baixo peso e emocionalmente perturbadas.

3ª categoria – Mães ambivalentes – as que aparentavam felicidade, mas só aparentavam. Depois do parto, um número invulgar de crianças apresentava problemas de comportamento e perturbações gastrointestinais.

4ª categoria – Mães indiferentes – tinham várias razões para não desejarem ter filhos: uma carreira, problemas financeiros e não estavam preparadas para o papel de mães. Mesmo assim, em seu subconsciente, elas desejavam a gravidez.

Seus filhos receberam ambas as mensagens, o que parecia lhes causar confusão. Depois do parto, muitas dessas crianças revelaram-se apáticas e letárgicas.

Os pais, por sua vez, não deixam de influenciar, igualmente, os bebês. Algumas pesquisas demonstraram que a criança pode identificar a voz do pai, mesmo dentro do ventre materno.

Depois de nascer, ela reage a essa voz quando a ouve. Pode parar de chorar, ao ouvi-la. É como se transmitisse ao bebê um sentimento de segurança o som familiar e tranquilizador da voz paterna.

*   *   *

Todas essas descobertas, com certeza, podem revolucionar a atitude dos pais com relação aos filhos.

Mães e pais descobrem que têm uma oportunidade ímpar de influenciar os filhos, antes deles nascerem. Também de criar laços afetivos que condicionarão a sua felicidade e o seu bem-estar, não só no seio materno, mas durante toda a vida.

Quanto amor pode ser semeado durante a gestação. Sentir-se acolhido, desejado, com certeza tornará o ser que virá à luz mais feliz, desejoso de nascer e, igualmente amoroso para com aqueles seres dos quais recebe tanto alimento emocional positivo.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no artigo
 
Nossa vida antes de nascermos, de Thomas Verny e
John Kelly, de Seleções Reader’s Digest,
de maio de 1983.
Em 25.11.2014.

 

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