Momento Espírita
Curitiba, 23 de Abril de 2024
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ícone Nunca por bagatelas

Como você se sente diante de desagradáveis e inesperadas situações?

Por exemplo, quando está viajando, numa estrada cheia de buracos, desvios, lombadas, e um motorista lerdo à sua frente lhe retarda ainda mais o percurso?

Ou quando, numa festa, alguém derrama molho no seu paletó ou no vestido novo?

E quando precisa almoçar, com muita pressa, para atender um compromisso, e o almoço não está servido?

Ou quando alguém resolve colocar o carro trancando a sua vaga na garagem, impossibilitando sua saída?

Normalmente, frente a situações assim, costumamos, de imediato, nos irritarmos.

Todas essas coisas não passam de bagatelas, quando comparadas com outras tão mais significativas e importantes em nossos dias.

Para nosso próprio bem, para manter a nossa saúde física, nosso equilíbrio psíquico, evitemos ataques de raiva, totalmente desnecessários.

Nossos momentos de cólera podem nos custar muito. Podem nos provocar desde uma parada cardíaca a atos tolos, verdadeiros desatinos, dos quais minutos depois nos haveremos de arrepender.

Assim, não nos deixemos cair nas malhas da cólera. Afinal, o que significa, no todo de nossa vida, uma peça de roupa perdida na lavanderia?

O sinal vermelho que leva tanto tempo para abrir?

A máquina de lavar roupas que quebrou?

A comida queimada, os garotos que se engalfinham?

Se pensarmos bem, são apenas bagatelas!

Muito pouco para estragar um dia, uma hora, um momento! Existem tantas coisas importantes em nossas vidas com as quais somos brindados diariamente.

Pensemos na bênção de acordar no corpo físico, mais uma vez, na possibilidade de nos locomovermos, no abraço do filho que despertou.

Pensemos nos beijos do sol, na chuva generosa que arrefece o calor do dia, nas árvores que oferecem sombra enquanto caminhamos pelas ruas...

Nos pássaros que enchem os ares de sons, com seus trinados, tão distintos a cada espécie.

Tudo isso nos convida a tomarmos atitudes inteligentes. Se a comida queimou, o fato está consumado. Busquemos uma solução. Providenciemos algo nos minutos seguintes.

Se a roupa foi perdida na lavanderia, tomemos as providências cabíveis, sem irritação.

Se o trânsito está parado, aproveitemos para apreciar a paisagem, quem sabe ler algumas frases de um livro, sempre à mão, para ocasiões semelhantes.

Se começarmos a agir com sabedoria diante das situações, que de hábito nos irritam, estaremos espalhando tranquilidade ao nosso redor.

Fará bem a nós e a todos os que nos acompanham nas horas diárias.

Além de tudo, pensemos que se a irritação resolvesse os problemas e dissolvesse todas as situações desagradáveis; se ela trouxesse benefícios, até poderia ser justificada.

No entanto, o que a experiência nos demonstra é que ela é somente um fator complicador.

Tenhamos em mente que a recomendação do Modelo e Guia da Humanidade foi da pacificação, da mansidão: Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos.

Por isso, nunca nos irritemos, e muito menos por bagatelas.

Preservemos nossa paz, nossa saúde, nosso dia.

Redação do Momento Espírita.
  Disponível no livro Momento Espírita, v. 1, ed. FEP.
Em 8.4.2022.

 

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