Momento Espírita
Curitiba, 20 de Abril de 2024
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Muito antes de Noé, supostamente, ter plantado seu vinhedo; muito antes do primeiro brinde ter sido bebido pelo deus Dionísio, nas narrativas de Homero, o vinho era um dos prazeres da vida para egípcios e sumérios.

Isso há, pelo menos, quatro milênios antes de Cristo. Arqueólogos encontraram, no atual Irã e no Egito, jarras apropriadas para guardar vinho, com a tradicional boca estreita e restos de ácido tartárico, um resíduo comum da bebida. A região suméria estava localizada no hoje território iraniano.

Restos de vinhedos, com mais de nove mil anos, já tinham sido encontrados perto do mar Cáspio. Mas não há indícios da domesticação da planta.

Acredita-se que os povos antigos possam ter descoberto o vinho por acaso. Comendo uvas caídas no chão, pois elas fermentam naturalmente. A cultura sistemática pode ter aparecido mais tarde, com o desenvolvimento social.

A produção em larga escala, com uso de jarras apropriadas para o armazenamento, começa com a idade do bronze, ano três mil antes de Cristo.

As mais antigas evidências comprovadas do uso do vinho aparecem em textos egípcios, do terceiro milênio antes de Cristo.

O livro épico dos sumérios, da mesma época, celebra a bebida como uma fonte de imortalidade.

O costume se espalhou pela Babilônia. O famoso Código de Hamurábi se refere, com detalhes, sobre como e quando as pessoas deveriam beber.

Na atualidade, é curioso observar como a opinião pública e a sociedade aceitam o álcool em geral. Não só aceitam como o recebem em festas.

Esse veneno físico e moral vem participando das festividades domésticas como de algumas religiosas. Conta com o aplauso das famílias, de muitos homens e mulheres ligados aos movimentos de fé cristã.

E por que as pessoas bebem? Para ter ou fazer companhias sociais. Para ter estímulos artificiais para a coragem.

O álcool, como costume social, doméstico, particular ou isolado é plenamente dispensável para a vida da pessoa.

E, toda vez que os indivíduos não consigam passar sem os vinhos, as cervejas, cidras ou aguardentes, tem-se o alcoolismo crônico. Mesmo que utilizem em doses moderadas.

O vício, seja praticado de que maneira for, onde for e por quem for, será sempre um vício. E como vício necessita de ser expurgado.

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Todo e qualquer vício alimentado traz para o seu usuário influências obsessivas. Em razão das fortes relações humanas com o homem velho, de um modo geral, as pessoas assumem o hábito e pronto.

Contudo, mais cedo ou mais tarde terão de enfrentar os prejuízos que provocaram na economia psíquica e física.

Amargar os desajustes psíquicos, as descoordenações motoras, as perturbações neurológicas.

Valerá a pena destruir-se?

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Noé era tido como um homem justo e piedoso. Estima-se que tenha vivido dois mil trezentos e cinquenta anos antes da nossa era.

Nos relatos do Antigo Testamento, é o primeiro homem a provar do suco fermentado da vinha e se embriagar. A embriaguez o fez se desnudar, em sua tenda.

Hamurábi foi rei da Babilônia. As leis que instituiu ficaram conhecidas como o Código de Hamurábi. Foram gravadas em um enorme bloco de pedra negra, de dois metros e vinte e cinco centímetros de altura. O texto contém três mil e seiscentas linhas.

Hamurábi reinou até 1750 a.C.

Redação do Momento Espírita.
Em 7.11.2013.

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