Momento Espírita
Curitiba, 16 de Abril de 2024
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ícone João Batista

Na véspera do dia 24 de junho, conforme a tradição folclórica, se costuma acender fogueiras, para a comemoração do Dia de São João.

Dizem as lendas que quando Maria, mãe de Jesus, foi visitar sua prima Isabel, também grávida, acertaram que ao nascer a criança, a fim de que Maria pudesse saber do ocorrido, numa época sem telefone, telegrama ou fax, isabel acenderia uma alta fogueira.

Alguns até afirmam que a fogueira seria acendida, caso o nascimento se desse à noite. Se fosse dia claro ainda, Isabel mandaria erguer um alto mastro. Assim, justificam a brincadeira do pau-de-sebo, que os afoitos tentam subir, conquistando prêmios.

Contudo, a fogueira está vinculada aos rituais do fogo, ao culto aos deuses da fecundidade.

Com as fogueiras, nessa época de colheitas na Europa, se rogavam aos deuses proteção contra a peste, a estiagem, a esterilidade.

No Brasil, os indígenas aceitaram muito bem os festejos juninos, pois a fogueira exercia sobre eles um grande fascínio.

Lendas à parte, o que importa é que João nasceu. Primo de Jesus, iniciou na juventude a sua missão: preparar os caminhos para Aquele que viria após ele.

Alguém tão grande que ele não se considerava digno de lhe desatar as sandálias.

Ele apontou aos homens o Cordeiro de Deus, o Messias esperado. Vestido com pele de animal, alimentando-se frugalmente, Elias reencarnado cumpria a profecia de Malaquias, conhecida dos hebreus: antes do Messias, Elias haveria de vir.

Ele veio. Mas os homens não o reconheceram, conforme disse o próprio Jesus. Antes, fizeram dele o que bem entenderam.

O precursor de Jesus era homem de coragem e fé. Sozinho enfrenta a morte por decapitação. Estava cumprida sua missão. É preciso que ele cresça e que eu desapareça.

Desse servidor informou Jesus ser o maior na face da Terra, à época, embora no Reino dos Céus fosse o menor.

Isso nos diz que ele ainda tinha um largo caminho a percorrer, até a perfeição.

A data que o calendário assinala como a ele consagrada, deve nos servir pois, para a reflexão.

Meditar acerca das responsabilidades perante a mensagem de que somos portadores. Mensagem da verdade e de vida. Mensagem de quem conhece Jesus.

Desvinculemo-nos, dessa forma, de quaisquer práticas exteriores, em nome de pretensa homenagem ao precursor do Cristo.

Se desejamos participar das festas juninas, saibamos que elas nada contêm em si de religiosidade.

É somente folclore, que atende ao anseio do povo de cantar, dançar, divertir-se.

Folclore que tem raízes muitos antigas. Que nos foi legado pelos portugueses e espanhóis, colonizadores primeiros do nosso país.

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Você sabia...

 

que o casamento simulado nos festejos do mês de junho tem suas origens entre os portugueses? Por ser época de colheita, isto é, de abundância, os pais aproveitavam para casar seus filhos, promovendo grandes festas.

E você sabia que as pessoas acreditavam que, conforme a direção em que o vento soprasse a fumaça das enormes fogueiras comemorativas, se poderia prever se a próxima colheita seria boa ou não?

 

Redação do Momento Espírita.
Em 19.11.2012.

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