Momento Espírita
Curitiba, 18 de Abril de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Ociosidade – mal dos dias modernos

Na atualidade, desfrutamos de muitas facilidades.

Os meios de comunicação nos permitem saber o que acontece no mundo, em tempo real.

Graças à internet, podemos visitar museus, assistir a espetáculos, filmes, apenas acionando algumas teclas.

Podemos acessar jornais e revistas on-line ou em formato digital. Nem precisamos nos deslocar para adquiri-los.

Os aplicativos estão à nossa disposição, para pedir o que quisermos, o que precisarmos, quando quisermos.

Sejam flores, presentes, medicamentos, refeições, tudo nos pode ser entregue a domicílio.

São as facilidades que, sem dúvida alguma, o progresso trouxe para o conforto geral.

Todavia, necessitamos ter cuidado para que tais comodidades não se convertam em preguiça.

A acomodação ociosa violenta o caráter moral do homem e desarticula as fibras e músculos orgânicos destinados ao movimento, à ação.

Nosso destino é o progresso constante.

É ótimo que aproveitemos as facilidades que nos são oferecidas no campo material.

Importante, contudo, que saibamos empregar bem o tempo que a tecnologia nos poupa.

Mais será exigido de quem mais tem. É afirmativa de Jesus.

Todos os benefícios, que nos são permitidos pela Divindade, devem nos servir como meio para alcançarmos o verdadeiro progresso, que consiste na melhoria intelectual e moral.

Não nos permitamos dominar pela acomodação. Busquemos desenvolver os valores duradouros do bem, da honradez, da honestidade, da bondade, da dignidade, da cultura útil, do conhecimento.

Quanto aos nossos filhos, cuidemos para que não caiam nas malhas da preguiça, do marasmo.

Incentivemos a leitura edificante, ensinando-os que ler um livro pela primeira vez é conhecer um novo amigo.

Ler um livro pela segunda vez é reencontrar um velho amigo.

Mostremos-lhes que todos fazemos parte de uma sociedade e que somos interdependentes.

Para a construção de uma sociedade melhor, é necessário que todos contribuamos ativamente com nosso tijolo de amor.

Utilizar bem o tesouro das horas, em nosso e em benefício dos que nos rodeiam, eis a grande decisão que nos cabe.

Exercitar a alma disciplinando as emoções, treinando a paciência, o perdão, a humildade, para que nosso perfil seja condizente com nossos anseios superiores.

Enfim, fazer luz em nossa intimidade e afastar as trevas da acomodação atrevida, que teima em se fazer presente em nossas vidas.

Diz um provérbio chinês que há três coisas que nunca voltam: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.

Por tudo isso, digamos não à ociosidade.

*  *  *

Mesmo que nosso corpo esteja em repouso, o pensamento não para nunca.

Aqueles que não nos entregamos à acomodação e ao marasmo, os que dizemos não a parar de aprender, apesar do envelhecimento do corpo físico, continuamos crescendo.

Nunca é tarde para aprender algo novo, acrescentar um novo conhecimento ao nosso saber.

Dessa forma, mantenhamos o cérebro e as mãos sempre ocupados, com coisas positivas, para que os anos não se somem sem que cresçamos um pouco, a cada mês.

Redação do Momento Espírita.
Em 2.3.2022.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998