Momento Espírita
Curitiba, 20 de Abril de 2024
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Imagine-se em frente a um violino. Instrumento que lhe espera sensibilidade e inteligência, atenção e carinho para vibrar com você na execução de uma melodia.

Se você o toma de arranco, é possível que lhe caia das mãos, desafinando-se, quando não seja perdendo alguma peça.

Se esquecido em algum recanto, é provável se transforme em ninho de insetos que lhe dilapidarão a estrutura madeirada.

Se usado, à feição de martelo, fora da função a que se destina, possivelmente se despedace.

Entretanto, guardado em lugar próprio e manejado na posição certa, como a lhe escutar o coração e o cérebro, ei-lo que lhe responde com a sublimidade da música.

Assim, igualmente na vida, é o companheiro de quem você espera apoio e colaboração.

Chame-se familiar ou companheiro, chefe ou subordinado, colega ou amigo, se você lhe busca o auxílio, a golpes de azedume e brutalidade, é possível lhe escape da área de ação, magoando-se ou perdendo o estímulo ao trabalho.

Se largado ao menosprezo, é provável se entregue a influências infelizes, capazes de lhe envenenarem a alma.

Se empregado por veículo de intriga ou maledicência, fora das funções edificantes a que se dirige, talvez termine desajustado por longo tempo.

Mas, se conservado com respeito, no culto da amizade, e se mobilizado na posição certa, como receber de você as melhores vibrações do coração e do cérebro, ei-lo a lhe corresponder com a excelência e a oportunidade da colaboração segura.

Tal cooperação será erguida em bases de amor que é, em tudo e em todos, o supremo tesouro da vida.

*   *   *

Sem indulgência e compreensão é impossível encontrar cooperadores eficientes e dignos.

A convivência constante é desafio ofertado a todos nós, do qual precisamos sair vencedores.

Os companheiros que nos parecem mais difíceis no conviver, são instrumentos da ordem universal, lapidando nossas virtudes ainda brutas.

O chefe rotulado como intolerante e grosseiro, é convite para que desenvolvamos a tolerância e o perdão. Não podemos mudar as pessoas, mas podemos mudar o modo de enxergá-las.

O subordinado desatencioso e ineficiente é, muitas vezes, aprendiz da vida, que chegou a nossas mãos para que lhe ensinemos a ser melhor.

Frequentemente as pessoas mais desprezíveis, em nossa superficial avaliação, guardam tristeza imensa na alma, cicatrizes que ainda machucam muito e que nosso julgamento precipitado nunca reconhece.

O vizinho de mesa no ambiente de trabalho é alma como a nossa, com os mesmos direitos que nós mesmos. Jamais nos coloquemos em posição de superioridade vaidosa e egoística.

Todos temos direito a dias ruins, quando o humor está abalado e o sorriso não quer aparecer. Todos, inclusive nosso companheiro de trabalho.

A harmonia da convivência, mesmo com estranhos e pessoas muito diferentes de nós, só será conquistada quando passarmos a olhá-los com compaixão e empatia.

Ouviremos então uma orquestra tocando bela música, com violinos, violas, violoncelos e baixos - instrumentos diferentes, mas que tocam a mesma melodia de amor.


Redação do Momento Espírita com base no cap. 20,do livro
Caridade, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco
Cândido Xavier, ed. Ide.

Em 31.07.2012.

 

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