Em O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, aprendemos que as verdades espíritas, por pertencerem às leis naturais, se tornarão de domínio público.
Ou seja: todas as gentes as admitirão um dia. E, paulatinamente, é o que temos visto acontecer.
Por isso, quando lemos a história de Todd, em sua Experiência de Quase Morte, pusemo-nos a reflexionar.
É mais um daqueles relatos que nos fala das coisas simples que Deus possibilita aos Seus filhos, mostrando como os mundos visível e invisível se interpenetram.
Todd, aos quatro anos, teve um sério problema de saúde, que exigiu fosse submetido a duas cirurgias complicadas, em curto espaço temporal.
Foi exatamente ao ensejo da segunda cirurgia, que o menino se sentiu como que liberto do corpo, em uma outra dimensão, onde encontrou seres espirituais elevados.
E também seu bisavô, que jamais conhecera em sua curta existência infantil, mas que se lhe apresentou, identificando-se.
Certo dia, já recuperado, Todd surpreendeu a mãe lhe dizendo que onde estivera, e ele denominava, segundo sua crença religiosa, de céu, ele conhecera sua irmã.
E, voltando-se de forma rápida para a mãe, indagou: Mãe, você não teve uma minha irmã que morreu na sua barriga?
A mãe teve um sobressalto. O abortamento ocorrido alguns anos antes do nascimento de Todd fora muito doloroso para sua alma.
Por isso, ela e o marido jamais o haviam comentado. Mesmo porque o nascimento de Todd, posterior a esse triste episódio, fora pelo casal entendido como uma recompensa divina.
Uma dádiva celeste pela frustração da gestação anterior, tão aguardada e tão dolorosamente frustrada.
Contudo, agora ali estava um menino de quatro anos a afirmar que conhecera sua irmã, no mundo espiritual. E a dar detalhes: Ela tinha cabelos escuros, diferentemente dele próprio e da outra irmã.
Quando a esposa falou ao marido, ambos se emocionaram. O relato era por demais detalhado. A menina não tinha nome, frisara o menino.
Era verdade. Desde o início da gravidez e ainda não sabendo o sexo da criança, o casal não tinha cogitado de nomes.
E o fato de ter cabelos escuros era outro detalhe interessante. Esse era o grande desejo de Sonia, a mãe. Queria um filho de cabelos escuros, que se assemelhasse a ela.
* * *
Embora ainda haja quem duvide que, além desta vida, existe outra vida, plena, rica; embora haja quem afirme que quem morre na carne, deixa de existir em definitivo; diariamente, Deus dá demonstrações das ricas dimensões espirituais.
A uma criança, sem ideias preconcebidas, permite o vislumbrar de realidades impensadas pelos próprios pais.
A pessoas que têm da vida espiritual conceitos muito bem definidos, rígidos, mostra a infinita realidade do Espírito que nunca morre.
E que se comunica com os amores que continuam no exílio da Terra. Seres que amam, cuidam e têm interesse no progresso e na felicidade dos que permanecem na retaguarda do mundo.
Pensemos nisso e aprendamos a ler as mensagens celestes, nas entrelinhas dos acontecimentos diários, em que a Divina Providência escreve a Sua grandeza e demonstra a Infinita Bondade.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 17, do livro
O céu é de verdade, de Todd Burpo, com Lynn Vincent,
ed. Vida Melhor.
Em 4.3.2020.
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