Momento Espírita
Curitiba, 28 de Março de 2024
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ícone Jesus de Nazaré
 

Aqueles eram dias em que Roma dominava o mundo...

Sua águia sedenta de sangue sobrevoava o cadáver das civilizações e povos vencidos.

Os valores éticos eram esquecidos...

A desconsideração moral permitia que os ideais da Humanidade fossem manipulados pelas estruturas políticas odientas, que lançavam por terra as construções filosóficas e espirituais do passado.

Foi nessa paisagem que Jesus veio apresentar a doutrina do Amor, propondo uma nova ordem fundamentada na solidariedade fraternal.

Surgiu na Terra o Homem-Luz para modificar a arcaica estrutura do homem-fera.

Tratava-se de personalidade inconfundível e única. Deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível.

Longos e sedosos cabelos molduravam-Lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida.

Sorriso Divino revelando, ao mesmo tempo, bondade imensa e singular energia.

Irradiava da Sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.

Sua palavra, Seus feitos, Seus silêncios estóicos dividiram os tempos e os fatos da História.

Conviveu com a ralé e, trabalhando-a logrou fazer heróis e santos, servidores incansáveis e ases da abnegação...

Utilizando-Se do cenário da natureza, compôs a mais comovedora sinfonia de esperança. Na cátedra natural de um monte apresentou a regra áurea para a Humanidade, através dos robustos e desafiadores conceitos contidos nas bem-aventuranças.

Dignificou um estábulo e sublimou uma cruz...

Exaltou um grão pequenino de mostarda e repudiou a hipocrisia dourada dos poderosos em trânsito para o túmulo, quanto a covardia mofa, embora disfarçada, dos déspotas da ilusão mentirosa.

Levantou paralíticos.

Limpou leprosos.

Restituiu a visão a cegos.

Reabilitou mulheres infelizes.

Curou loucos.

Reanimou desalentados e sofredores.

Em troca do amor que dedicou foi alçado à cruz...

Seus pés, que tanto haviam caminhado para a semeadura do bem, estavam ensanguentados.

Suas mãos generosas e acariciadoras eram duas rosas vermelhas, gotejando o sangue do suplício.

Sua fronte, em que se haviam abrigado os pensamentos mais puros do mundo, Se mostrava aureolada de espinhos.

O Mestre, todavia, que vivera e falara da Boa Nova que é toda uma cascata de luz e de alegria, prenunciando a vitória da vida sobre a morte, do bem sobre o mal, da bondade sobre a perversidade, roga a Deus com extrema sinceridade:

Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!...

*   *   *

O amor é o perene amanhecer, após as sombras ameaçadoras.

A palavra de Jesus, na tônica do amor, é a canção sublime que embalou Sua época e até hoje constitui o apoio e a segurança das vidas que Se lhe entregam em totalidade.

Redação do Momento Espírita com base no cap. Trigo de Deus, do livro Trigo de Deus, pelo Espírito Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal; no cap.O Messias de Nazaré, do livro Há dois mil anos, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb; no cap. 16, do livro Boa Nova, pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb  e no livro Estudando o Evangelho, de Martins Peralva, ed. Feb.
Em 14.07.2010..

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