Momento Espírita
Curitiba, 24 de Abril de 2024
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ícone A compaixão indispensável

A busca pelo bem-estar é inerente à natureza humana.

O desejo do homem de livrar-se do sofrimento propiciou notáveis descobertas em todos os setores do conhecimento.

Analgésicos e anestésicos podem ser citados como conquistas humanas na procura do bem-estar.

Ar-condicionado, colchões ortopédicos e mesmo a água encanada também compõem o conjunto de invenções destinadas a tornar a vida confortável.

Na busca de bem-estar e tranquilidade, um dia o homem voltará sua atenção para os problemas morais que a sociedade enfrenta.

Então compreenderá que o egoísmo é a causa de todas as desgraças sociais.

É a matriz de todos os vícios.

Quando for combatido, todos os seus desdobramentos, como vaidade, ganância, maledicência e corrupção, perderão a força.

A compreensão das lições do Mestre de Nazaré são um poderoso elemento de combate ao egoísmo.

Elas deixam claro que todo vício gera dor e que a lei de causa e efeito rege a vida.

Todo mal feito ao semelhante é uma semeadura de dor no próprio caminho.

Quem quer ser feliz deve tratar o próximo com o respeito e generosidade com que desejaria ser tratado.

A vinculação da própria felicidade à felicidade que proporcionamos torna evidente o quanto é tolo ser egoísta.

Ao buscar atender nosso interesse, em prejuízo ao do próximo, apenas nos candidatamos a vivenciar grandes dores.

Ao nos conscientizarmos da lei de causa e efeito, outros serão nossos valores e prioridades.

Entretanto, é preciso reconhecer que nem sempre é fácil colocar em prática as novas ideias.

É possível que tenhamos nos conscientizado de que a Justiça Divina é infalível.

Porém, ainda vacilamos em nossa caminhada. Por vezes, cometemos leviandades em prejuízo do próximo.

Uma boa tática de renovação moral é deixar de apenas pensar e começar a sentir.

Raciocinar é necessário, mas amar é imprescindível.

O melhor caminho para o genuíno amor fraterno é a compaixão.

Compaixão é a tristeza que sentimos com a infelicidade alheia.

Também é o desejo de libertarmos o próximo do sofrimento.

Para desenvolver esse nobre sentimento, deixemos de fugir ao espetáculo das misérias humanas.

A título de preservar a nossa paz, não cultivemos a indiferença.

Deixemos que nosso coração se enterneça com a dor alheia.

A compaixão nos impedirá de seguirmos despreocupados em meio à tragédia que devasta a vida do outro.

Ela possui um certo encanto melancólico, pois nasce ao lado da dor e da desolação.

Contudo, constitui a mais eficiente forma de cura das ilusões e paixões humanas.

A compaixão desperta as fibras mais íntimas da alma e a prepara para as experiências sublimes do devotamento e da caridade.

Não temamos sofrer ao nos tornarmos compassivos.

Ao avançarmos nesse caminho, logo nos veremos abraçando o ideal de aliviar a dor do semelhante e começaremos agir.

Então, a tristeza inicial se converterá no júbilo de quem amorosamente socorre e ampara os desprotegidos do mundo.

A alegria de ser útil e bondoso iluminará nossa vida e nos acompanhará pela eternidade.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 23.11.2020.

 

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