Momento Espírita
Curitiba, 19 de Abril de 2024
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ícone A engenhosidade divina

A Hidrelétrica de Itaipu, localizada nas fronteiras do Brasil e o Paraguai, é uma obra ímpar da engenharia.

Junto à ponte Golden Gate, o Eurotúnel, é considerada uma das sete maravilhas do mundo moderno.

Foram grandes os desafios enfrentados para a sua construção: desviar o leito do rio, construir a barragem, preservar a fauna e a flora.

São milhões de toneladas de concreto. Em verdade, concreto suficiente para se construir duzentos e dez estádios de futebol do tamanho do Maracanã.

Concreto e cimento. E turbinas com capacidade, cada uma delas, para gerar eletricidade suficiente para abastecer uma cidade de um milhão e meio de habitantes.

A Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá é outra arrojada obra da engenharia, onde o homem desafiou os abismos e venceu as montanhas.

Alongando pontes para unir extremidades, explodiu a rocha para penetrar na intimidade dos morros.

São cento e dez quilômetros de estrada, com treze túneis atravessando rocha maciça.

Qualquer pessoa que faça o trajeto ferroviário, não poderá deixar de reverenciar a extraordinária obra da engenharia, inserida no belo panorama da natureza da Serra do Mar.

Duas obras da engenharia. Arrojadas na concepção. Magníficas nos benefícios que proporcionam.

Uma e outra romperam a barreira dos anos, demonstrando que os que as conceberam pensaram grande. Muito à frente do seu próprio tempo.

Para que construir uma hidrelétrica com tamanha potência de geração de eletricidade? O que se fará com tudo isso?

Para que enfrentar a rocha, os abismos, para construir uma ferrovia? Já não há a Estrada da Graciosa, magnífica?

Eram questões levantadas pelos que somente pensam no seu presente. Pensam pequeno.

Mas os gênios são assim. Extrapolam o tempo, idealizam. Pensam grande.

Graças a eles o progresso se faz contínuo, em benefício das comunidades.

E se o homem apresenta tal genialidade, imagine-se o Criador do homem.

Por isso é que as mentes abertas não se cansam de perguntar:

Quem acende as estrelas? Quem puxa o manto da noite? Quem acorda o sol e suspende a lua?

Sim, são as crianças. Esses seres inigualáveis, que não se cansam de fazer perguntas. Perguntas que o homem comum sequer cogita.

Mas, elas indagam. E, geniais, argumentam muito além do que o comum de muitos que andam pela Terra acreditando tudo saber.

E, para as suas perguntas a respeito do Mundo, do Universo e das coisas que parecem inexplicáveis, a sabedoria das mães tem uma palavra: Deus!

Sim, Deus é o Criador de todas as coisas. A Inteligência Suprema do Universo.

O amor gerador de tudo que existe, nosso Pai.

É Ele que não cessa de criar. Que não se cansa de inventar mais maravilhas, para que o homem não pare de pesquisar, indagar, descobrir.

Para que use a inteligência que Ele lhe deu para crescer e iluminar-se, como as estrelas que enriquecem de luzes o firmamento.

*  *  *

Um poeta escreveu que, aos seis anos, encantado com o mar e os ventos, perguntou para sua mãe:

Que pode haver maior do que o oceano, ou que seja mais forte do que o vento?

E sua memória recorda que sua mãe olhou para os céus, sorriu e respondeu:

Um ser que nós não vemos. É  maior do que o mar que nós tememos. É mais forte que o tufão, meu filho.

É Deus!

O poeta se chama Casimiro de Abreu.

 

Redação do Momento Espírita, utilizando os versos finais
da poesia Deus, de Casimiro de Abreu, escrita em
dezembro de 1858.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 6, ed. FEP.
Em 9.1.2014.

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