Momento Espírita
Curitiba, 16 de Abril de 2024
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ícone Exteriorização da alma
 

A boca fala do que está cheio o coração.

Esta afirmativa de Jesus encerra grande sabedoria.

Significa que não somente as palavras, mas tudo o que vem do interior do homem é, de certa forma, a exteriorização de sua alma.

As cidades são a expressão de quem as constrói, de quem as habita, de quem as conserva.

Uma canção é a exteriorização da alma do compositor, assim como a escultura, a arquitetura, as artes plásticas, retratam a intimidade do seu criador.

Uma peça literária é a alma do escritor que se mostra em forma de palavras, frases, ideias...

É assim que, pelo conteúdo das mais variadas formas de expressão, conhecemos a natureza daquele que as produz.

Almas sábias exteriorizam bondade, beleza, sabedoria...

Almas ignóbeis se revelam pelas produções corrompidas na base, ideias desconexas, infelizes, viciosas...

Suas expressões artísticas denotam baixeza e futilidade. São contraditórias e desprovidas de beleza.

Nas canções, a letra é carregada de palavras torpes. As notas, geralmente de melodia pobre, expressam o desarranjo da alma que, através da música, se exterioriza.

Os escultores dessa categoria apresentam sua intimidade nas formas retorcidas, grotescas, sem graciosidade. Comumente não causam bem-estar em quem as contempla.

Todavia, muito diversa é a expressão artística das almas nobres...

As composições musicais expressam sua grandeza d´alma. Produzem, em quem as ouve, profunda harmonia íntima, pois tocam as cordas mais sutis do ser, promovendo estesia e bem-estar.

As notas musicais têm sonoridade agradável e penetrante. A alma do artista se exterioriza e sua sabedoria sensibiliza quem as sente, provocando emoções nobres e salutares.

É assim que a alma se mostra através das palavras, das artes, das ciências e de todas as formas de expressão.

Às vezes, pessoas iletradas se apresentam com extremada beleza, através de palavras que brotam da alma como de uma fonte cristalina, plenas de sabedoria, de afeto, de ternura.

Trabalhadores simples, devotados, que realizam suas tarefas com dedicação e seriedade, demonstram trazer no íntimo uma fonte de riquezas.

Poetas, escritores, compositores, escultores, engenheiros, médicos, jardineiros, pedreiros, arquitetos, donas de casa, paisagistas e outros tantos cidadãos mostram a alma, através de suas realizações.

E a sua alma, como tem se exteriorizado?

Nas tarefas singelas que você realiza...

Nas muitas palavras que você pronuncia...

Nos conselhos que dá ao filho ou a um amigo...

Numa carta comercial que você escreve, ou numa declaração de amor, sua alma se exterioriza e se deixa ver...

Com suas ações, o mundo ao seu redor fica mais belo ou mais feio? Mais alegre ou mais triste, mais nobre ou mais pobre?

Para se conquistar a excelência nas ações cotidianas, é preciso considerar as quatro dimensões da experiência humana:

a dimensão intelectual, que almeja a verdade; a dimensão estética, que almeja a beleza, a dimensão moral, que almeja a bondade, a dimensão espiritual, que almeja a unidade.

E gravitar para a unidade Divina, é o objetivo final da Humanidade.

Busque plantar em sua alma a verdade, a bondade e a beleza.

Mas considere que a verdade é o solo mais propício para que germinem a bondade e a beleza.

Pense nisso! Vale a pena!

Invista na sua alma!

Redação do Momento Espírita.
Em 07.06.2010.

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