Momento Espírita
Curitiba, 19 de Abril de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Prêmio e castigo

Ao longo dos séculos, a Humanidade tem ouvido os religiosos pregarem a necessidade de praticar o bem para receber o prêmio póstumo, ou seja, depois da morte.

Se, por outro lado, fizermos o mal, faremos jus ao devido castigo.

Temos que reconhecer que esse não é um método eficaz de educação para os nossos dias, quando possuímos tantas informações sobre o Universo que nos rodeia.

Mas, então, que argumentos podem levar o homem à prática do bem?

Argumentos nos quais a lógica e a razão devem ser consideradas.

Hoje, temos razões de sobra para crer que o Universo, do qual fazemos parte, não se fez sozinho e nem foi fruto do acaso.

Sabemos, também, que não há efeito sem causa, e que o Universo é um efeito que há de ter uma causa. E uma causa inteligente, pois tudo nele se comporta de forma inteligente.

Sabemos que existem bilhões de galáxias espalhadas pelo Universo e que as leis que regem esse Universo infinito são perfeitas.

A lógica nos leva a deduzir que, acima de toda a Criação, há de ter uma causa primária, inicial, uma Inteligência Suprema, criadora de todas essas maravilhas.

Chegaremos então à conclusão de que essa causa primária, essa Inteligência Suprema é a que chamamos Deus.

Ora, se fazemos parte desse Universo, é lógico deduzir que também fomos criados com uma finalidade útil.

Se buscarmos, com sinceridade, encontraremos, nos ensinos de Jesus, o Espírito mais perfeito que a Terra conheceu, a prescrição de que devemos fazer o bem.

Jesus resumiu toda a lei e os profetas na máxima: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Disse também que a cada um será dado segundo suas obras.

Pensando nessas verdades, logicamente deduziremos que não seremos premiados, nem castigados, mas obteremos o  resultado dos nossos próprios atos.

Disso temos inúmeros exemplos no nosso cotidiano.

Se somos um aluno relapso, teremos a nota correspondente.

Se não gostamos de trabalhar, receberemos o salário do ocioso.

Se comemos ou bebemos demais teremos distúrbios variados no organismo, e assim por diante.

No entanto, se é verdade que hoje temos a impressão de que recebemos um castigo que não fizemos por merecer, é que a causa da nossa desdita está oculta em existências anteriores, e o efeito chega agora no endereço certo.

Isso não é castigo, mas oportunidade bendita que Deus nos oferece para corrigir o equívoco.

Também é verdade que temos momentos de felicidade. São os momentos que fizemos por merecer, ou que a Misericórdia Divina nos concede a fim de que possamos refazer as forças.

Dessa forma, podemos comparar a nossa existência a um jardim, que produzirá somente o que nele plantarmos, respeitando sempre a nossa livre vontade.

Assim, se de vez em quando encontrarmos um espinheiro no  nosso jardim, arranquemos e plantemos em seu lugar a flor mais perfumada que conhecemos, porque, embora demore um pouco mais para florescer, no futuro teremos a flor e o perfume.

*   *   *

Todos somos filhos do Amor Divino. Guardemos a certeza de que o que deseja nosso Pai é que sejamos felizes. Esforcemo-nos para isso.

Redação do Momento Espírita
Em 15.1.2022.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998